segunda-feira, julho 30, 2007


ERIC VON ESSEN (1954-1997)

Instrumentista (contrabaixo) professor e compositor de Jazz, faleceu, há quase 10 anos, na Suécia, depois de brilhante carreira nos E.U.A.,tendo deixado mais de uma centena de temas, que foi compondo ao longo da sua, infelizmente, curta vida. Alguns desses temas foram posteriormente trabalhados e compilados em três CD´s por colegas e músicos amigos de Eric, como forma não só de o homenagear, como de dar a conhecer a sua obra.

Os seus amplos conhecimentos musicais foram fonte de inspiração e inovação para os que o rodeavam. Aqui deixo "Silvana"*, um tema que consegui obter por um acaso e que me levou a aprofundar a sua origem.



Eric_von_Essen-Sil...
*Interpretação: Alan Pasqua - Piano
Dave Carpenter - Contrabaixo
Peter Erskine - Bateria

quinta-feira, julho 26, 2007


*

PATTI SMITH's new record. Mais um "must".


12 faixas de gente importante da musica pop re-dimensionadas pela estrela maior - uma mulher fantástica, um ser humano superior, único, em permanente ligação com tudo o que é realmente importante na vida - o amor (em todas as suas formas), a amizade, a paz, a solidariedade e a comunicação de tudo isto sob a forma de canções, poemas, mensagens, crónicas (na sua página da net, por exemplo**), onde também partilha connosco uma espécie de diário, de que deixo aqui alguns excertos curiosos:

June 25, 2007 - DRESDEN


At this moment I am in Dresden. From my hotel window I can hear the Dresdner Sinfoniker rehearsing for an open air performance tonight with Barbara Krieger and the great baritone Bryn Terfel.(...) (...)I have returned. It was very hot in the slaughterhouse and my clothes are soaked in sweat. I hurried back hoping to catch a bit of the opera gala and I was truly rewarded. I saw the encore. I did not recognize the aria but it was very pretty. The pair accepted flowers and bowed.
(...)What have I found? The people warm and friendly. All ages. All wondering what will happen in our world. What can one say? Bad things are happening. We must make other things happen. Good things. Build a parallel world. Celebrate that even in the worst of times we are alive.

*A pandeireta, na capa do cd, é da autoria de Robert Mappletorpe, seu amigo e companheiro dos primeiros tempos da sua juventude, tendo-lhe sido oferecida no ano em que se conheceram (1967), quando do seu 21º.aniversário. Tem o desenho do seu signo astrológico.

segunda-feira, julho 23, 2007


e.s.t.

CCB - 22.07.2007

Foi um CONCERTO.

Foi um espectáculo de extremo bom gosto, desde a música à luz, à simpatia de Esbjörn, ao virtuosismo do todo e cada um dos elementos do trio, à energia positiva que nos transmitem, e que fica a pairar em nós durante muuuuito tempo.

Gostei de confirmar o que já tinha percebido da audição dos dois CD's que deles possuo: "viaticum" e "tuesday wonderland" - sons em constante inovação, sem perda de identidade própria. Utilização de novas técnicas em prol de uma re-construção das melodias e dos ritmos que pensávamos conhecer desde que nascemos...e que surgem aqui com revestimento Séc. XXI. Cada tema é composto de uma zona neo-clássica, uma electronica, uma drums&bass, uma à la Jimi Hendrix, mas em contrabaixo e, com termo, quase sempre no regresso à singela e quase pueril* melodia de base, ou tema central, como soi chamar-se, deixando-nos em suspensão no lado do "país das maravilhas".
A projecção em negativo das mãos dos músicos em execução dos respectivos instrumentos, entre efeito de fumos e jogo de luzes, é muito interessante. Essencialmente tudo feito com muita subtileza e, repito, bom gosto.

Por curiosidade, houve momentos que me lembraram sons do "Salvé maravilha" dos "Banda do Casaco" e Né Ladeiras de tempos que já lá vão, mas de que retive o vinil, bem guardado no meu baú.

*No bom sentido, i.é, melodias que nos entram directamente para a zona do aconchego.

domingo, julho 22, 2007



É hoje, concerto no CCB. Lá irei, se Deus quiser.

sábado, julho 21, 2007


A RTP 2, segundo se anuncia no jornal "O Público", vai exibir no fim-de-semana de 25/26 de Agosto, ás 17h e 18h, respectivamente, a segunda parte da tetralogia "O Anel de Nibelungo", controversa encenação de Graham Vick para o Teatro Nacional de São Carlos, em Março último.
Ontem virei e revirei a net à procura da confirmação deste "acontecimento", que tem vindo a ser anunciado na RTP 1, de uma forma que, para além de me fazer pensar que era já por estes dias, me deixou algo perplexa, pois anunciam-se "As Valquírias"... Será porque vai passar em dois dias que passa a plural?
De qualquer modo, aqui fica a sinopsis da(s) anunciada(s).

Richard Wagner
(Leipzig: 22 de Maio de 1813-Veneza: 13 de Fevereiro de 1883)

O Anel do Niebelungo
A Valquíria

10ª ópera (63 anos)
Libreto: Richard Wagner
Estreia: (Bayreuth) 14 de Agosto de 1876

Personagens e Intérpretes:
Siegmund (Ronald Samm), Hunding (Maxim Mikhailov), Sieglinde (Anna-Katharina Behnke), Wotan (Mikhail Kit), Brünhilde (Susan Bullock), Fricka (Judith Németh), Valquírias (Sara Andersson, Andrea Dankova, Ana Paula Russo, Dora Rodrigues, Ekaterina Godovanets, Stefanie Irányi, Gabriele May e Qiu Lin Zhang).
1.ºActo
O Deus Wotan teve 9 filhas da Deusa Erda, as Valquírias. Mas teve também dois filhos duma Mortal, os gémeos Siegmund e Sieglinde, que, depois da morte da mãe, se perderam um do outro pelos caminhos da Terra. É com o encontro entre estes dois irmãos que se inicia a acção da "Valquíria". Durante uma tempestade, Siegmund, que foge dos seus inimigos, procura refúgio numa cabana. Quis o Destino que essa cabana fosse a morada da irmã, Sieglinde, e de Hunding, o seu marido. Os irmãos não se reconhecem e sentem-se atraídos por uma paixão irresistível. Sieglinde dá uma bebida mágica a Hunding, que adormece, e os dois irmãos fogem, não sem que, antes, Siegmund se apoderasse duma espada que estava cravada num castanheiro. Siegmund ignora-o, mas essa espada fora ali colocada pelo Deus Wotan, seu pai, que sobre ela lançara um poderoso feitiço: quem conseguisse arrancá-la da árvore tornar-se-ia invencível.
2.ºActo
A acção do 2º acto passa-se num lugar agreste e rochoso onde irá travar-se o confronto entre Siegmund e Hunding - que o persegue por lhe ter raptado a mulher, Sieglinde. Informado do que se passa, o Deus Wotan encarrega uma das Valquírias, Brünhilde, a sua filha preferida, de proteger o irmão nesse duelo. Mas Fricka, mulher de Wotan, opõe-se: ela acha que Siegmund deve pagar pelo seu crime. Wotan cede, e ordena à Valquíria que dê a vitória a Hunding. Brünhilde desobedece e Wotan vê-se obrigado a interferir no duelo: com a lança quebra a espada de Siegmund que morre às mãos de Hunding. Desobedecendo de novo a Wotan, Brünhilde decide proteger Sieglinde levando-a consigo para o interior da Floresta. Wotan está desesperado: Siegmund, o seu filho, morreu por culpa sua. Não devia ter cedido à vontade de Fricka. Então decide vingar-se: mata Hunding e parte em perseguição da Valquíria.
3.ºActo
O 3º acto passa-se numa região rochosa habitada pelas Valquírias. Brünhilde chega com Sieglinde. Diz que ela vai ser mãe dum herói e aconselha-a a procurar refúgio na Floresta. Quanto a Brünhilde... desobedeceu e deverá ser castigada: Wotan tira-lhe a imortalidade e mergulha-a num sono profundo. Adormecida sobre um rochedo, protegida pelo Fogo Mágico, a Valquíria só poderá ser libertada por um Herói de coração puro.

( Enredo resumido da autoria de Margarida Lisboa, para RDP, intérpretes acrescentados por outra Margarida, também de Lisboa.)

Direcção musical: Marko Letonja
Cenografia e figurinos: Timothy O'Brien
Coreografia: Ian Spink
Desenho de luzes: Giuseppe di Iorio

Nota irrelevante(?), porque não houve feridos (graves?): A dada altura, durante a récita a que assisti, aconteceu algo que me (nos) deixou bastante apreensiva(os) pela sorte dos músicos da orquestra: parte do palco (uma parte pequenina mas ainda assim...) desabou sobre alguns elementos da dita, deixando-os "quase" em estado de sítio. Líquido a escorrer sobre as sua cabeças e instrumentos musicais, e um ou outro objectos contundentes a saltar sobre eles. Pela reacção de um dos músicos, que ía desmaiando, parece ter sido um objecto tipo de vidro ou madeira.
Não sou maledicente, mas aquilo foi um pouco fora do texto. E tanto eu como os meus amigos ficámos bastante preocupados pela falta de cuidado e consideração pelos músicos da orquestra.

Anna Russell http://en.wikipedia.org/wiki/Anna_Russell parodying Wagner's "Die Walküre"
"ELEKTRA", RICHARD STRAUSS



Eva Marton e Cheryl Studer, uma absolutamente submersa pela ira da personagem que interpreta, (Elektra, a filha enlouquecida de Agamemnon e Klytmnestra), e a outra no papel de sua irmã, Chrysotemis, mais suave e apaziguadora. Um dos muitos momentos de grande intensidade trágico-dramática desta ópera muito interessante, e bastante inovadora do ponto de vista musical. Por curiosidade, a composição da orquestra foi a maior de sempre, para uma ópera: 111 instrumentos.
Acrescento, ainda, um pequeno aparte: Tendo sido este um excerto de uma gravação feita em Viena, noto que não só em Portugal se tosse, espirra e emite sons entre a assistência...

terça-feira, julho 17, 2007

É só para relembrar. Na Gulbenkian, o ritual jazz em Agosto. Free jazz, jazz contemporâneo e estéticas jazzísticas emergentes. Logo no dia 3, três grandes. Fecha no dia 11 com o Mestre, Ornette Coleman. Dos outros, destaco Joelle Leandre.
É de ir. http://www.musica.gulbenkian.pt/jazz/

segunda-feira, julho 16, 2007


Fernando Lemos (Auto-retrato - 1950)

Ainda sobre o Museu Berardo, e no respectivo site, penso imprescindível ver este vídeo sobre e com o Fernando Lemos e Surealismo em Portugal. Aqui fica o link:


sábado, julho 14, 2007

Cassandra Wilson



Isto hoje tem sido demais, um verdadeiro saque ao YT e ao MS. De repente, apeteceu-me partilhar estas minhas grandes fixações musicais, género: sempre que publicam alguma coisa, lá estou caída. Que o mesmo é dizer que tenho em casa quase tudo o se publicou desta, como das duas anteriores grandes figuras, dentro da cultura musical afro-euro-americana.
Acrescento que Cassandra Wilson é considerada, já há alguns anos, das melhores, quando não a melhor, cantora de jazz da actualidade.
Zap Mama



Marie Daulne, the founder and fronting member of Zap Mama since the early 1990s, has lived a life that rivals Homer’s Odyssey. Filled with peril and triumph, globe-spanning quests, and a series of personal achievements that seem almost heroic in scope, her story is one of epic proportions in the annals of world music. She stands with one foot firmly planted in tradition and the other in the progressive sounds and sensibilities of a new century, and she consistently merges the two with an effortless grace that never fails to mesmerize. Born in the Congo, but raised in Belgium, Daulne made a pilgrimage in her late teens back to the land of her birth. In doing so, she reconnected with the pygmy culture, and discovered that the African music of her early childhood was still very much alive within her. The resulting experience, she recalls, was nothing short of an epiphany – one that changed the course of her life. “That was when I became a musician,” she said. “When I went to the Congo, I hadn’t thought of being a musician. Not at all. But I was there, and I was standing in the middle of the forest, hearing the music that had been a part of my earliest memories, and it was like an illumination, like a light.” In 1990, Daulne assembled four other vocalists and created the first incarnation of Zap Mama, an all-female a cappella quintet, or as The New York Times called it, “a utopian multicultural dream.” Adventures in Afropea I became the biggest selling non-compilation album in the history of the Luaka Bop label and reached #1 on the Billboard World Music Charts. The sophomore album Sabsylma came a year later and earned Zap Mama a Grammy nomination in the Best World Music Album category. 7 (Virgin Records), A Ma Zone (Narada) and Ancestry in Progress (Luaka Bop) which landed the #1 spot on the Billboard World Music charts, followed shortly after. Marie Daulne opens a new chapter of this continuously unfolding story with the August 7, 2007, release of Supermoon, Zap Mama’s debut recording on Heads Up International. An engaging blend of world, jazz, pop, funk, reggae and soul, the album includes guest appearances by stellar figures from around the globe: drummer Tony Allen; bassist Meshell Ndegeocello and Will Lee; guitarists David Gilmore and Michael Franti; pianists Leon Pendarvis and Robbie Kondor, percussionist Bashiri Johnson and many more. “With Supermoon, I reveal the way I chose to live when I started my career,” says Daulne. “It’s very intimate…You’re seeing me very close up. I hope that’s a kind of intimacy that people will understand. I’m opening a door to who I am.”
Meshell Ndegeocello - Outside your door

Meshell Ndegeocello Outside Your Door LIVE

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Description: July 13, 1996 performance of "Outside Your Door" at the North Sea Jazz Festival in Holland. Band includes Michael Neal, Allen Cato, Daniel Sadownick, Federico Gonzalez Pena, Gene Lake, Arif St. Michael and Biti Strauchn. While Brian McKnight may claim to have written “Anytime” before Meshell Ndegeocello had a recording contract, you do the math. Six years before Brian plagiarized “Outside Your Door” and released “Anytime” on September 23, 1997 without giving any credit to the person who wrote the song - Voyceboxing released an early version of “Outside Your Door” on their self-titled 1991 album. “Talk To Me” is an early version of “Outside Your Door,” and the words & music for the song were correctly credited to Meshell Lynn Johnson in the liner notes. Although the album is now out of print, it can still be found occasionally on eBay. “When that song came out—you know, I used to beg my record company to put out, “Outside Your Door.” It’s like, ’that’s the single man, put it out.’ But they ignored me. Then brother Brian—just straight up took my shit. You can’t cry over spilled milk—you just let it go—’cause I—I’ll keep writing and I’ll write many other songs, so that’s cool.”—Meshell Ndegeocello, Luna Park, West Hollywood, May 13, 1999

(http://vids.myspace.com/index.cfm?fuseaction=vids.channel&ChannelID=19493755)

quinta-feira, julho 12, 2007

O OVO



realizadores: José Miguel Ribeiro e Pierre Bouchon

1994 - 3' - animação - 35mm cor

sexta-feira, julho 06, 2007

...don’t be sharp don’t be flat just
B Natural
(Marina Abramovic inserida em frase, de cuja autoria não me recordo, oriunda dos meios jazzísticos. )

quarta-feira, julho 04, 2007


Arte e Performance das Mulheres Naya - Museu de Etnologia -
Inaugura no Museu de Etnologia de Lisboa, dia 05 de Julho de 2007, às 18h30
A exposição Pinturas Cantadas mostra as obras realizadas pelas mulheres das comunidades Patua do Estado de Bengala na India que cantam as histórias que pintam em extensas tiras de papel. Os temas tanto retomam o reportório das tradições orais da comunidade como falam de mudanças sociais e políticas e acontecimentos que marcam a vida da aldeia, do país ou do mundo. (retirado de informação do Museu Nacional de Etnologia)

"Pinturas Cantadas: arte e performance das mulheres de Naya", que se inaugura a 05 de Julho, apresenta quase 40 obras de arte de grandes dimensões feitas em papel e tecido e com um forte sentido gráfico, descreveu Clara Oliveira, do MNE, à agência Lusa.
Com cerca de dois metros de altura, cada pintura conta uma história, numa narrativa visual de cores fortes e cujo formato se aproxima da banda desenhada.
"Apesar de terem um ar ancestral, as pinturas são recentes, mas alguns dos temas são antigos", referiu Clara Oliveira, porquanto abordam temas clássicos ou versam sobre divindades.
No entanto, as pinturas reportam-se também à actualidade, evocando a questão do terrorismo e os atentados de 11 de Setembro de 2001, o tsunami que assolou o sudeste asiático em 2004 ou ainda o flagelo do vírus da SIDA.
As autoras destas "pinturas cantadas" pertencem a uma comunidade na Índia que integra mulheres que passaram por situações de violência ou pobreza e que utilizam esta forma de arte para ultrapassar esses casos sociais e conseguir uma vida melhor, explicou Clara Oliveira.
As pinturas indianas podem ainda ser vistas como canções ilustradas, sendo acompanhadas por interpretações - audíveis através de gravações - de cada uma das autoras.
Segundo Clara Oliveira, a exposição disporá de um posto de escuta para que possam ser ouvidas as músicas referentes a cada uma das pinturas expostas.
Das 38 obras que vão estar patentes no museu, 23 foram adquiridas este ano pelo Instituto dos Museus e Conservação e as restantes pertencem a coleccionadores privados.
A história destas mulheres e das "pinturas cantadas" foi abordada já num filme, a exibir no âmbito da exposição, da autoria de Lina Fruzzetti e Ákos Ostor.
Os dois investigadores estarão em Portugal na próxima semana por ocasião da exposição, coordenada por Joaquim Pais de Brito, director do MNE.
A exposição estará patente pelo menos até ao final do ano.
© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.2007-06-26 16:50:01