terça-feira, dezembro 30, 2008

R.I.P. Freddie Hubbard (1938-2008)

(Excerto do Festival de Jazz do Mt. Fuji, em 1987 - com James Spaulding, sax alto; Renee Rosnes, piano; Kenny Davis, contrabaixo; Ralph Peterson, bateria.)
Conforme se previa, Freddie Hubbard não resistiu ao ataque cardíaco que sofrera nos primeiros dias de Dezembro. A sua saúde já há muito vinha debilitando este ilustre trompetista, que relembro essencialmente com Art Blakey and the Jazz Messengers e, ao longo da sua carreira, em solos de enorme força e criatividade.
Enfim, mais uma triste notícia.

quarta-feira, dezembro 24, 2008

sábado, dezembro 20, 2008

Já estou a pensar em Abril

Atenção ao que aí vem em Abril, dia 26 . Na programação da Casa da Música (Porto), sob o tema "Música e Revolução", "The Inside Songs of Curtis Mayfield". Estou determinada a não perder este acontecimento. Amiri Baraka, o poeta, o diseur. Leena Conquest, voz (e dança, segundo consta no programa). William Parker no contrabaixo e arranjos, Hamid Drake na bateria e ainda Lewis Barnes, trompete, Darryl Foster e Sabir Mateen, saxofones e Dave Burrell no piano. Pois é, lá vou "matar" saudades do Porto e conhecer, finalmente (espero) a sua Casa da Música. Curtis Mayfield (1942-1999), foi um músico funky, com uma voz única, que, para além de compositor, inseriu nas suas músicas letras de carácter socialmente interventivo, dando continuidade aos espíritos Malcolm X e Martin Luther King, na denúncia de situações de racismo e abuso de direitos humanos na sociedade norte-americana. Também dentro deste mesmo espírito, Baraka, tem gritado, nos seus poemas, essas mesmas ideias "revolucionárias", acompanhado, regra geral, por músicos da estirpe de William Parker ou de Hamid Drake. Ora, num momento em que se coloca no podium do poder norte-americano o homem de quem se espera a solução para muitos problemas sociais, este concerto terá um sentido de revisão histórica. E a expressão musical deste grupo de músicos de quem tanto gosto deixa-me antever qualquer coisa de imperdível. Vou ver se não falho.

sábado, dezembro 13, 2008

Brad Mehldau:River Man


(Cont.)

Sobre esta composição que, conforme fica aqui patenteado, me deslumbrou pela sua beleza e simplicidade, direi apenas que foi composta em finais da década de 60 do século passado, e faz parte do album "Five Leaves Left"(1969), de Nick Drake, um rapaz que é hoje considerado um compositor-referência por muito boa gente. Morreu novo (26 anos), mas o pouco tempo que viveu foi suficiente para deixar obra feita de beleza eterna. Entre os que lhe reconhecem esse mérito encontra-se um dos maiores pianistas de jazz contemporâneos: Brad Mehldau. Os vídeos YouTube que aqui ficam não permitem uma audição perfeita mas servem como registo de um bom momento ao vivo de Mehldau e seu trio na interpretação deste tema, que se pode também ouvir no seu CD "The Art of The Trio III-Songs"(1998).

quinta-feira, dezembro 11, 2008

River Man (Nick Drake) por Andy Bey


Betty came by on her way
Said she had a word to say
About things today
And fallen leaves.

Said she hadn't heard the news
Hadn't had the time to choose
A way to lose
But she believes.

Going to see the river man
Going to tell him all I can
About the plan
For lilac time.

If he tells me all he knows
About the way his river flows
And all night shows
In summertime.

Betty said she prayed today
For the sky to blow away
Or maybe stay
She wasn't sure.

For when she thought of summer rain
Calling for her mind again
She lost the pain
And stayed for more.

Going to see the river man
Going to tell him all I can
About the ban
On feeling free.

If he tells me all he knows
About the way his river flows
I don't suppose
It's meant for me.

Oh, how they come and go
Oh, how they come and go

Homenagem provisória a Manoel de Oliveira



Parabéns, Manoel de Oliveira! E siga os conselhos deste personagem de outros mundos...