que acabo de ouvir no Mezzo (canal de tv), em execução muito próxima do excelente dos "Quadros de uma exposição", de Modeste Mussorgsky (1839-1881). Durante algum tempo coleccionei interpretações desta peça e posso afirmar que esta foi de manter em memória. Anna Vinnitskaya. Atenção! Temos mais uma estrela a brilhar lá no céu dos sons mágicos.
ou o jazz como filosofia sujacente à renovação no improviso da eterna procura ou o jazz como elo de ligação entre tudo o que apetece
Mostrar mensagens com a etiqueta música clássica. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta música clássica. Mostrar todas as mensagens
domingo, dezembro 20, 2009
sexta-feira, abril 17, 2009
Handel, George Frideric (1685-1759) - Hoje, Agrippina, no Teatro Nacional de S.Carlos

Estreia hoje, no Teatro Nacional de S.Carlos, o Dramma per musica in tre atti Agrippina.
Foi a segunda e última ópera que Handel compôs durante a sua estadia em Itália (1706-1710). Estreou-se no Teatro de San Giovanni Grisostomo, em Veneza, no Carnaval de 1709, data provável, 26 de Dezembro. Esta ópera constitui o primeiro grande triunfo, na carreira do compositor e foi executada 27 vezes sucessivas, sempre perante audiências entusiásticas.
O elenco foi, então, composto pela soprano Margherita Durastanti (Agrippina), o barítono Giuseppe Maria Boschi (Pallante), a sua mulher, a contralto Francesca Vanini-Boschi (Ottone), o castrato soprano Valeriano Pellegrini (Nero), Diamante Maria Scarabelli (Poppea), Antonio Francesco Carli, um baixo com um registo incrivelmente baixo (Claudius), o alto castrato Giuliano Albertini (Narcissus) e um baixo, ao que parece, padre, Nicola Pasini (Lesbus).
A parca produção operática de Handel, em Itália, deve-se ao facto de a maioria dos teatros públicos terem sido fechados por ordem do Papa. Enquanto trabalhou para dois patrões ricos,os Cardeais Pamphili e Ottoboni, compôs, para além de música sacra e dois oratórios, cerca de 80 cantatas seculares para execução privada. Havia, nesta altura, poucas diferenças, excepto na duração, entre cantata, oratório e ópera; as três dependendo da alternância entre o recitativo secco e a ária da capo*, árias de expressão emocional intensa e de forma mais ou menos dramática.
O autor do libretto foi o Cardeal Vincenzo Grimani, distinto diplomata, cuja família detinha o Teatro San Giovanni Grisostomo. O libreto, considerado dos melhores, baseia-se todo ele, à excepção do servo Lesbo, em personagens históricas. Trata-se de uma ópera que assume o espírito da Veneza do séc.XVII, na linha de Cavalli ou de Monteverdi, muito popular, na época, misturando situações cómicas com emoções sérias, aromatizadas de ironia. Trata-se, no fundo, de uma sátira à corrupção na vida da Corte. Tem sido sugerido que o Imperador Cláudio nada mais é do que uma caricatura subtil do Papa Clemente XI, de quem Grimani era opositor político.
Na maioria dos seus aspectos, a partitura, com as suas numerosas árias pequenas, segue a prática do Séc. XVII. Por exemplo, os dois pequenos grupos, um trio e um quarteto, no Primeiro Acto, em que as vozes nunca se ouvem em conjunto, também pertencem mais à tradição do que à inovação.
*Ária da capo=Forma em que a primeira parte é repetida. (Da capo=Do princípio)
Foi a segunda e última ópera que Handel compôs durante a sua estadia em Itália (1706-1710). Estreou-se no Teatro de San Giovanni Grisostomo, em Veneza, no Carnaval de 1709, data provável, 26 de Dezembro. Esta ópera constitui o primeiro grande triunfo, na carreira do compositor e foi executada 27 vezes sucessivas, sempre perante audiências entusiásticas.
O elenco foi, então, composto pela soprano Margherita Durastanti (Agrippina), o barítono Giuseppe Maria Boschi (Pallante), a sua mulher, a contralto Francesca Vanini-Boschi (Ottone), o castrato soprano Valeriano Pellegrini (Nero), Diamante Maria Scarabelli (Poppea), Antonio Francesco Carli, um baixo com um registo incrivelmente baixo (Claudius), o alto castrato Giuliano Albertini (Narcissus) e um baixo, ao que parece, padre, Nicola Pasini (Lesbus).
A parca produção operática de Handel, em Itália, deve-se ao facto de a maioria dos teatros públicos terem sido fechados por ordem do Papa. Enquanto trabalhou para dois patrões ricos,os Cardeais Pamphili e Ottoboni, compôs, para além de música sacra e dois oratórios, cerca de 80 cantatas seculares para execução privada. Havia, nesta altura, poucas diferenças, excepto na duração, entre cantata, oratório e ópera; as três dependendo da alternância entre o recitativo secco e a ária da capo*, árias de expressão emocional intensa e de forma mais ou menos dramática.
O autor do libretto foi o Cardeal Vincenzo Grimani, distinto diplomata, cuja família detinha o Teatro San Giovanni Grisostomo. O libreto, considerado dos melhores, baseia-se todo ele, à excepção do servo Lesbo, em personagens históricas. Trata-se de uma ópera que assume o espírito da Veneza do séc.XVII, na linha de Cavalli ou de Monteverdi, muito popular, na época, misturando situações cómicas com emoções sérias, aromatizadas de ironia. Trata-se, no fundo, de uma sátira à corrupção na vida da Corte. Tem sido sugerido que o Imperador Cláudio nada mais é do que uma caricatura subtil do Papa Clemente XI, de quem Grimani era opositor político.
Na maioria dos seus aspectos, a partitura, com as suas numerosas árias pequenas, segue a prática do Séc. XVII. Por exemplo, os dois pequenos grupos, um trio e um quarteto, no Primeiro Acto, em que as vozes nunca se ouvem em conjunto, também pertencem mais à tradição do que à inovação.
Etiquetas:
Agrippina,
Barroco,
Handel,
música clássica,
Ópera
segunda-feira, março 03, 2008
Toru Takemitsu (1930-1996)

Autodidacta, começa a compor aos 16 anos, só tendo recebido algumas lições de música aos 18 anos. Ao contrário do que se poderia supor, a sua música tem muito mais influências ocidentais do que orientais, porque dizia que os sons da música tradicional japonesa lhe lembravam a guerra que lhe havia sido tão dolorosa. No entanto, graças a Cage, com quem partilhava filosofias idênticas, (por ex. a noção de silêncio, para Cage, era um plenum ao invés de um vacum, ou o enfâse nos timbres entre cada acontecimento sonoro), e ao seu interesse pela prática Zen, começou a trabalhar na introdução de elementos da cultura japonesa nas suas composições. A peça "November Steps"(1967) é disso exemplo, ao juntar à orquestra dois instrumentos japoneses: o biwa
e o shakuhachi
de sonoridades em absoluto deslumbrantes, embora os seus sons não se misturem com o resto da orquestra, sendo tocados em alternância com esta. Só mais tarde, e tendo aprofundado entretanto, os seus estudos sobre música japonesa, Takemitsu viria a integrá-los, de facto, no conjunto orquestral (com a peça Autumn - 1973).


Por curiosidade, refiro que Stravinsky, numa sua visita ao Japão, em 1958, descobre, por acaso, Takemitsu, através da audição da peça Requiem para cordas (1957), que muito apreciou, tendo talvez sido indirectamente responsável pelo lançamento deste no mundo cultural ocidental. A água, o mar e, principalmente, os jardins históricos japoneses são os principais motivos de inspiração na obra de Toru Takemitsu, de quem se diz ser o compositor japonês mais conhecido e admirado em todo o mundo.
Para saber mais sobre o cd-duplo, consultar aqui. E o preço é uma óptima surpresa.
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Angela Hewitt
Bach - Prelúdio e Fuga em Sol Menor, nr.16 - BWV885
É espantoso, para não dizer, vergonhoso, que em concertos de música clássica não se respeite o silêncio. Sei que nem sempre é fácil evitar espirrar, tossir ou pigarrear, mas é possível (falo por mim) evitar emitir esses sons, com alguma concentração e auto-domínio. Transcrevo aqui as impressões desta fabulosa pianista e cravista canadiana, quando do seu último recital em Portugal. O vídeo não é do citado concerto, nem possuo elementos que me permitam identificar o local ou a data do recital. Quem o colocou no YT não prestou essas informações. Sorry!
Bach in Lisbon (2008-02-14)
I just finished playing my Bach marathons here in Lisbon, Portugal. It was the third time I have performed as part of the Piano Series in the Auditorium of the Gulbenkian Foundation. The large audience was on its feet at the end of Book II. When I started the first concert, the coughing was terrible, and then in the first pause after the fourth Fugue, a man in the audience yelled out something in Portuguese which of course I didn't understand, but for sure everybody heard it! I was later told that he said what I thought he had said: "Stop coughing so we can hear the music!" because after that they were considerably quieter. I hate to go on about that, but it makes such a huge difference not just to how I feel, but to the whole atmosphere in a hall. Silence is golden. A lot of coughing, I am sure, comes from a lack of concentration on the part of the listener. Enough about that. For the first time, I had a few hours to see something of Lisbon and the surrounding area, and the weather was warm and sunny. A quick trip to Sintra and along the coast with friends was very enjoyable. My former piano teacher, Jean-Paul Sevilla, came all the way to Lisbon for these concerts, and I was very happy to have him present in the hall.
(Angela Hewitt - no seu site oficial)
Bach in Lisbon (2008-02-14)
I just finished playing my Bach marathons here in Lisbon, Portugal. It was the third time I have performed as part of the Piano Series in the Auditorium of the Gulbenkian Foundation. The large audience was on its feet at the end of Book II. When I started the first concert, the coughing was terrible, and then in the first pause after the fourth Fugue, a man in the audience yelled out something in Portuguese which of course I didn't understand, but for sure everybody heard it! I was later told that he said what I thought he had said: "Stop coughing so we can hear the music!" because after that they were considerably quieter. I hate to go on about that, but it makes such a huge difference not just to how I feel, but to the whole atmosphere in a hall. Silence is golden. A lot of coughing, I am sure, comes from a lack of concentration on the part of the listener. Enough about that. For the first time, I had a few hours to see something of Lisbon and the surrounding area, and the weather was warm and sunny. A quick trip to Sintra and along the coast with friends was very enjoyable. My former piano teacher, Jean-Paul Sevilla, came all the way to Lisbon for these concerts, and I was very happy to have him present in the hall.
(Angela Hewitt - no seu site oficial)
Etiquetas:
Angela Hewitt,
música clássica
domingo, novembro 25, 2007
Música Portuguesa
A propósito de uma audição que muito me agradou, hoje, num programa da Antena 2, acabei por pesquisar um pouco sobre o compositor português Armando José Fernandes (1906-1983), cuja obra desconheço quase por completo. Pode-se ouvir um excerto de uma composição sua no sítio* que aqui deixo. Mas o que hoje ouvi, de uma concerto composto em 1951, deixou-me a apetência para adquirir tudo o que dele encontrar publicado.
http://www.mic.pt/
*Este sítio parece-me interessante numa perspectiva de divulgação da música portuguesa erudita.
A propósito de uma audição que muito me agradou, hoje, num programa da Antena 2, acabei por pesquisar um pouco sobre o compositor português Armando José Fernandes (1906-1983), cuja obra desconheço quase por completo. Pode-se ouvir um excerto de uma composição sua no sítio* que aqui deixo. Mas o que hoje ouvi, de uma concerto composto em 1951, deixou-me a apetência para adquirir tudo o que dele encontrar publicado.
http://www.mic.pt/
*Este sítio parece-me interessante numa perspectiva de divulgação da música portuguesa erudita.
Etiquetas:
Armando José Fernandes,
música clássica
domingo, março 18, 2007
Lise de La Salle - Um nome a reter. Uma pianista que captou a minha atenção, num clip musical no canal tv Mezzo. Não sabia que já tinha vindo a Portugal. Tenho pena de ter perdido essa oportunidade.http://www.youtube.com/watch?v=C9OvpEV_1hM
Etiquetas:
Lise de La Salle,
música clássica,
piano
Subscrever:
Mensagens (Atom)