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sábado, dezembro 20, 2008

Já estou a pensar em Abril

Atenção ao que aí vem em Abril, dia 26 . Na programação da Casa da Música (Porto), sob o tema "Música e Revolução", "The Inside Songs of Curtis Mayfield". Estou determinada a não perder este acontecimento. Amiri Baraka, o poeta, o diseur. Leena Conquest, voz (e dança, segundo consta no programa). William Parker no contrabaixo e arranjos, Hamid Drake na bateria e ainda Lewis Barnes, trompete, Darryl Foster e Sabir Mateen, saxofones e Dave Burrell no piano. Pois é, lá vou "matar" saudades do Porto e conhecer, finalmente (espero) a sua Casa da Música. Curtis Mayfield (1942-1999), foi um músico funky, com uma voz única, que, para além de compositor, inseriu nas suas músicas letras de carácter socialmente interventivo, dando continuidade aos espíritos Malcolm X e Martin Luther King, na denúncia de situações de racismo e abuso de direitos humanos na sociedade norte-americana. Também dentro deste mesmo espírito, Baraka, tem gritado, nos seus poemas, essas mesmas ideias "revolucionárias", acompanhado, regra geral, por músicos da estirpe de William Parker ou de Hamid Drake. Ora, num momento em que se coloca no podium do poder norte-americano o homem de quem se espera a solução para muitos problemas sociais, este concerto terá um sentido de revisão histórica. E a expressão musical deste grupo de músicos de quem tanto gosto deixa-me antever qualquer coisa de imperdível. Vou ver se não falho.

terça-feira, março 18, 2008

William Parker e os Olmecas




Dei comigo a matar saudades de um álbum que já há algum tempo faz parte da minha colecção - "Long Hidden: The Olmec Series", de William Parker (AUM036) e que, acho, merece ser aqui referenciado. William Parker, já por mim mencionado neste blogue, é um músico com uma amplitude musical do tamanho do Mundo e uma visão do tamanho do Universo, passado, presente e futuro. Basta apreciar a sua vasta produção musical, para se perceber a sua constante labuta na interligação das várias correntes musicais, numa captação de energia e espiritualidade de ordens tão diversas, com resultados tão espantosos como este exemplo que hoje aqui deixo. Como é possível juntar contrabaixo, saxofones, percussão, acordeão, doson ngoni, congas, tímbales, sons do Mali e dos Olmecas (antepassados dos Maias e dos Astecas), sem trair as suas origens, e continuar a soar a jazz? A maioria da música de fusão que conheço atraiçoa de forma intragável a alma das suas convocações. Mas, se, conforme W.Parker explica, existe uma ligação ancestral entre os povos da costa ocidental de África e os da América Central, já que os Olmecas falavam um dialecto mandingo, e tendo o jazz origens afro-americanas, talvez resida aqui a resposta para esta feliz conclusão.
Para ouvir excertos, procurar W.P. aqui , onde se podem encontrar ligações para outros lugares em que se fala desta obra e do seu autor.

quarta-feira, outubro 10, 2007

MATTHEW SHIPP
on Culture Catch! (YouTube by rjb9799)



Embora esta entrevista saiba a pouco, serve, na falta de melhor, para apresentar um dos mais talentosos, criativos e inovadores pianistas de jazz com sede em Nova Iorque, desde os anos 90.
Matthew Shipp já passou por Lisboa anteriormente, mas, para quem não teve oportunidade então de o ouvir ao vivo, vai muito a tempo de o fazer na última noite deste mês, às 23h., no "Lux Jazz Sessions". Vai-se apresentar em Trio, sendo de assinalar o fabuloso contrabaixista que o acompanha (quase) sempre, William Parker, um dos principais anfitriões, organizadores e impulsionadores do "Vision Fest", N.Y., presença também reincidente em terras de Portugal.
Ambos se podem ouvir no "MediaMaster"(Radio) e no "My Library", desde que reactivei este blogue, pois, devo dizer, estou sempre à espera que saia mais um CD onde, quer um, quer outro participem, que é logo adquirido para a minha colecção.

segunda-feira, junho 04, 2007


A XII edição do Vision Fest vai acontecer este mês, em Nova Iorque.
Trata-se de um festival de liberdades criativas - música, artes plásticas, normalmente com ela relacionadas, declamação visionária, no sentido de extravazar o sentimento de (in)satisfação, gritos de revolta ou, simplesmente, o grito que urge soltar-se de dentro de cada um (dos participantes, claro).
Sempre subjacente o sentido de solidariedade e comunhão com a carência GLOBAL. Também relacionado com a percepção da necessidade de um reencontro com o Verbo, neste caso, musicado em forma de grito primário e primordial.
A palavra de ordem é LIBERDADE CRIATIVA radical. (Digo eu)
Newly commissioned works by William Parker, Bill Dixon, Roy Campbell and Nicole Mitchell's Black Earth Ensemble. There will also be gigs by Fieldwork, Spiritual Unity featuring Marc Ribot (with guest Henry Grimes), Jayne Cortez and the Firespitters, Hamid Drake, Matthew Shipp Solo, Louis Moholo and Friends, T.E.C.K. String 4tet, Fred Anderson Trio, Amiri and Amina Baraka, Tim Berne, Ganelin Trio Priority, etc. A special memorial will pay tribute to the violinist Leroy Jenkins, featuring 50 violins under the direction of Billy Bang and Jason Kao Hwang.
Visitar o site é um previlégio. GO! http://www.visionfestival.org/