quinta-feira, junho 18, 2009

Boris Vian no Arte


Logo às 19h45, no canal de tv Arte, um documentário sobre Boris Vian. Vou tentar não perder. A 23 de Junho próximo, terão decorrido 50 anos sobre a sua morte. Por acaso ainda há pouco o tinha recordado pela leitura de um artigo publicado na revista "os meus livros", escrito por Luis C. Marinha, de que tomo a liberdade de transcrever um excerto de excertos autobiográficos desta figura de culto francesa ("Boris Vian en Verve"): nascera 39 anos antes, "no dia 20 de Março de 1920, à porta da maternidade encerrada por causa de uma greve", na localidade francesa de Ville-d'Avray, Hauts-de-Seine, filho de Yvonne Ravenez e Paul Vian. "A minha mãe, grávida das obras de Paul Claudel - é desde essa altura que não o suporto - estava no final do seu 13º. mês de gestação e não podia esperar pela resolução do diferendo. Um santo homem, padre , que passava por acaso, pegou em mim e confortou-me: disse-me que eu era realmente disforme (data dessa altura a minha fobia aos incensórios). Por sorte, uma loba afamada, que acabara de dar à luz Pierre Herve, tomou-me sob a sua guarda e deu-me de beber. Cresci em força e sabedoria, mas nunca deixei de ser feio e disforme embora ornado de um sistema piloso descontínuo mas bastante desenvolvido. Na verdade, eu tinha a cabeça da Vitória de Samotrácia."
Enquanto escrevo isto, ouço o único cd que tenho de Boris Vian, que, como se sabe, tocava trompete de bolso ("trompinette c'est une petite trompette") nos bares de jazz parisienses, tendo inclusivé tocado com o Quinteto do Hot Club de France. Uma compilação que dá uma ideia da sua actividade musical entre 1936 e 1944 - Boris Vian et le Jazz français. Mas Boris Vian ficou famoso mais por aquilo que escreveu, como "A Espuma dos Dias", "As Formigas", ou o poema "O Desertor", do que pela sua vertente jazzística. E também muito pela sua vida de boémia "intelectual" na Paris existencialista. Tudo a rever num documentário que se preze. Logo ao jantar.

quarta-feira, junho 17, 2009

Robin Holcomb


Her work has been called "remarkable" (CMJ), "stunning" (Option), "entrancing" (Billboard) and "sensitive, descriptive, adventuresome and full of soul" (Washington Post). "Hers is an unsettling, utterly original vision." (Entertainment Weekly) According to The New York Times: "Ms. Holcomb has done something remarkable here: she has created a new American regionalism, spun from many threads - country, rock, minimalism, Civil War songs, Baptist hymns, Appalachian folk tunes, even the polytonal music of Charles Ives. The music that results is as elegantly simple as a Shaker Quilt, and no less beautiful."(in http://www.robinholcomb.com/biography.html)

Pois...Tenho uma certa tendência para exagerar quando transmito entusiasmos, eu sei, porque quando gosto, gosto tanto que tenho necessidade de o partilhar com toda a gente e dizer: Olhem, temos aqui algo que merece ser mais divulgado. Cá está, ando há mais de um mês para o fazer e também para decidir se mando vir o cd ou se compro mp3. Um dos dois compro de certeza. Robin Holcomb é muito especial. A sua criação musical, a sua atitude, a sua diferença fizeram-me parar e reflectir sobre o que é a música, o que são as palavras que acrescentam a música e que com ela se fundem, e como uma voz pode ser tão única. "The Big Time" (Nonesuch-2002) vai ser a minha próxima aquisição. "Like I Care", a faixa 15 do cd The Nonesuch Collection Vol.2, é a grande culpada desta fixação. E, pelos vistos, lá longe, também a reconheceram...