quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Angela Hewitt

Bach - Prelúdio e Fuga em Sol Menor, nr.16 - BWV885


É espantoso, para não dizer, vergonhoso, que em concertos de música clássica não se respeite o silêncio. Sei que nem sempre é fácil evitar espirrar, tossir ou pigarrear, mas é possível (falo por mim) evitar emitir esses sons, com alguma concentração e auto-domínio. Transcrevo aqui as impressões desta fabulosa pianista e cravista canadiana, quando do seu último recital em Portugal. O vídeo não é do citado concerto, nem possuo elementos que me permitam identificar o local ou a data do recital. Quem o colocou no YT não prestou essas informações. Sorry!
Bach in Lisbon (2008-02-14)
I just finished playing my Bach marathons here in Lisbon, Portugal. It was the third time I have performed as part of the Piano Series in the Auditorium of the Gulbenkian Foundation. The large audience was on its feet at the end of Book II. When I started the first concert, the coughing was terrible, and then in the first pause after the fourth Fugue, a man in the audience yelled out something in Portuguese which of course I didn't understand, but for sure everybody heard it! I was later told that he said what I thought he had said: "Stop coughing so we can hear the music!" because after that they were considerably quieter. I hate to go on about that, but it makes such a huge difference not just to how I feel, but to the whole atmosphere in a hall. Silence is golden. A lot of coughing, I am sure, comes from a lack of concentration on the part of the listener. Enough about that. For the first time, I had a few hours to see something of Lisbon and the surrounding area, and the weather was warm and sunny. A quick trip to Sintra and along the coast with friends was very enjoyable. My former piano teacher, Jean-Paul Sevilla, came all the way to Lisbon for these concerts, and I was very happy to have him present in the hall.
(Angela Hewitt - no seu site oficial)

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Herbie Hancock ganha Grammys 2008 - Melhor Álbum


Já se esperava e aconteceu. Ganhou e com mérito, dentro do género - Herbie Hancock, que dispensa apresentações, afirmou-se com a sabedoria de quem está nestas coisas há muito tempo e sempre na linha da frente. Pegou no "cancioneiro" de Joni Mitchell e reformulou-o, com a sua (dela) participação num dos temas - para mim, o melhor do álbum, Tea leaf prophecy-, e participação de outras figuras interessantes (umas mais do que outras) da música popular americana - Tina Turner, Luciana Souza ou Leonard Cohen, por exemplo, ou Corinne Bailey Rae e Norah Jones (enfim...). Acho que foi uma atribuição justa, pelo reconhecimento da incontestável capacidade deste mestre em manter-se estóico guardião de um jazz clássico e, em simultâneo, sem fronteiras. Ratifico.

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Kahil El Zabar


Um dos percussionistas e compositores mais presentes nas toadas neo-Africa e de vanguarda do jazz dos nossos dias. Um homem que gere uma música sem fronteiras, quer geográficas, quer temporais. De ritmos melódicos, muito inspiradores para os músicos com quem toca, Kahil é, como se diz, um incontornável para os amantes do jazz evolutivo que busca as suas raízes para, sobre elas, lhe aplicar as fórmulas do todo-o- sempre-e-do-que-mais há-de ser. Porque ouvi-lo é ficarmos a pairar noutros espaços. E não há como fugir ao sortilégio de ouvi-lo com David Murray, Ari Brown, Malachi Favors, Pharoah Sanders, ou Billy Bang.

Nasceu em Chicago, a 11 de Novembro de 1953. Ver mais dados biográficos no seu site.

É dos músicos que actualmente mais me agradam, e que aconselho a quem goste de acompanhar a evolução do jazz e ver as formas que pode assumir.