domingo, setembro 30, 2007


"Så som i himmelen"("Como se Fosse o Céu")*

Ano: 2004

GF Studios ABCredits:

Realizador: Kay Pollak

Argumento: Kay Pollak in association with Anders Nyberg, Ola Olsson, Carin Pollak and Margaretha Pollak

Produção: Anders Birkeland, Goran Lindstrom

Direcção de Fotografia: Harald Paalgard

Montagem: Thomas Tang

Música: Stefan Nilsson

Intérpretes: Daniel Dareus: Michael Nyqvist;Lena: Frida Hallgren;Gabriella: Helen Sjoholm;Arne: Lennart Jahkel;Stig: Niklas FalkInger: Ingela Olsson;Conny: Per Morberg;Florence: Axelle Axell;Erik: Lasse Petterson;Olga: Barbro Kollberg;Siv: Ylva Loof;Amanda: Ulla-Britt Norrman;Holmfrid: Mikael Rahm

Duração: 130 minutos

Como agora vou pouco ao cinema, rodeio-me de DVD's que vou armazenando para quando me apetece ver um filme de minha escolha, com princípio, meio e fim, com intervalos sempre que me apetecer, e, sobretudo, sem interrupções para publicidade. Um dos sítios onde me abasteço de DVD´s a preço de um bilhete de cinema é a Blockbuster, que normalmente tem saldos de filmes ex-aluguer.

*Ontem, dos DVD´s que adquiri, resolvi ver um, produto do cinema sueco, de um realizador de quem nunca tinha ouvido falar - Kay Pollak (1938-).

Foi uma experiência emocional avassaladora. Aconselho e recomendo.

Trata do regresso à sua aldeia de infância, de um maestro reformado precocemente, por problemas cardíacos. Desde logo, dados os seus conhecimentos musicais, é convidado para educar e dirigir o coro da igreja local.

Não adianto mais nada sobre o filme, porque há que vê-lo e saboreá-lo. Mas deixa muita matéria no ar para reflexão sobre o que é a vida, o nosso relacionamento com o próximo, o encontro connosco mesmos, o poder da música como desbloqueadora das nossas inibições, como despertador do corpo e do espírito para estádios libertadores, como conciliadora, como redentora. Infelizmente, o poder da música também pode ter efeitos secundários preversos, sublinhando, por exemplo, um estado de alma mais triste ou acicatando sentimentos negativos em pessoas intrínsecamente mais desequilibradas, descompensadas ou, inclusivé, desprovidas de sensibilidade artística. Também deste lado cinzento, o filme fala.

O final é inesperado (ou talvez não). Mas sobre ele também não vou falar. Também não gosto que me contem o fim de uma obra que ainda não conheço.