segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Herbie Hancock ganha Grammys 2008 - Melhor Álbum


Já se esperava e aconteceu. Ganhou e com mérito, dentro do género - Herbie Hancock, que dispensa apresentações, afirmou-se com a sabedoria de quem está nestas coisas há muito tempo e sempre na linha da frente. Pegou no "cancioneiro" de Joni Mitchell e reformulou-o, com a sua (dela) participação num dos temas - para mim, o melhor do álbum, Tea leaf prophecy-, e participação de outras figuras interessantes (umas mais do que outras) da música popular americana - Tina Turner, Luciana Souza ou Leonard Cohen, por exemplo, ou Corinne Bailey Rae e Norah Jones (enfim...). Acho que foi uma atribuição justa, pelo reconhecimento da incontestável capacidade deste mestre em manter-se estóico guardião de um jazz clássico e, em simultâneo, sem fronteiras. Ratifico.

6 comentários:

O Pescador disse...

Olá Dona Cigarra.
Para gastar só um pouquinho de tempo deixo-lhe aqui o link para alguns comentários (maldosos ou não, não sei) de James Hale à noite dos Grammys.

http://www.jazzchronicles.blogspot.com/

CigarraJazz disse...

Eu sabia que estava a ir um pouco contra os meus critérios ao colocar uma menção aos Grammys. Mais ainda ao defender Herbie Hancock numa produção de pouco jazz e muita pop. Mas quando essa pop vem de uma Joni Mitchell, a coisa toca-me e nunca é demais homenagear esta senhora.
Algumas faixas do álbum têm colaborações muito discutíveis, eu sei. Do ponto de vista jazzístico, é pobre. Mas não podemos esquecer a importância de Hancock na História do Jazz. Se ele tem outras tendências, nem por isso deixo de o respeitar como músico.
Obrigada pelo seu comentário, Pescador e boas pescas!

O Pescador disse...

Mas fez muito bem em mencionar os Grammys. Entre coisas boas e menos boas aconteceu uma que foi particularmente do meu agrado. Maria Schneider arrecadou um com a peça Cerulean Skies.

CigarraJazz disse...

Maria Schneider é uma excelente compositora e orquestradora, e já pensei algumas várias vezes "blogar" sobre ela, mas confesso que a complexidade da sua produção musical tem-me mantido um pouco inibida. A peça que menciona é muito bela e, sim, o Grammy foi bem merecido.

Paulo disse...

Agora que acrescentaste umas coisitas no "Standalone" já entendo melhor. Gosto de "The leaf prophecy". Mas a avaliar pelos nomes presentes no disco, acredito que haja grandes desigualdades. Certos nomes não podem ser misturados.

Unknown disse...

Amy Winehouse seria melhor, mas está bom, 5 Grammys de uma vez não é para qualquer um...