Hoje fiz uma pequena visita ao meu passado. Resolvi limpar uma escrivaninha e, de gaveta em gaveta, mais ácaro menos ácaro, lá fui caminhando por entre registos da minha vida, agendas dos anos 70, bilhetes de espectáculos, diplomas de cursos, extractos de conta, um contrato promessa compra e venda, uns cromos, umas fotografias, uma fotonovela já dos anos 80, toda ela caseira e kilos de cartas, correspondência trocada desde pré-adolescente a jovem adulta.
Porquê guardar tanta coisa?
Porque tenho medo de perder a memória do que compõe ou influenciou parte daquilo que sou hoje. E o que sou hoje? ???????????????????????????????????Nas palavras de John Gray*, nada mais do que um animal, um entre iguais, junto com a cadela, os gatos e, talvez, a mosca que insiste em chatear o pessoal.
(*Vidé "Sobre Humanos e outros animais").
ou o jazz como filosofia sujacente à renovação no improviso da eterna procura ou o jazz como elo de ligação entre tudo o que apetece
segunda-feira, maio 28, 2007
domingo, maio 27, 2007

FLORENCE FOSTER JENKINS pagava para cantar. Contratava as suas orquestras e achava-se excelente.
http://www.counterpoint-music.com/raclips/ffj1.ram
http://www.counterpoint-music.com/raclips/ffj1.ram
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Humor
sexta-feira, maio 25, 2007
Não resisto ao apelo da Primavera de Stravinsky. O piano, ele próprio parece renascer deste rito brincalhão e muito intenso, tão intenso que só mesmo a força do polén o justifica...
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Sagração da Primavera,
Stravinsky
A Sagração da Primavera, Stravinsky
PINA BAUSCH e Wuppertal Dance Theater
PINA BAUSCH e Wuppertal Dance Theater
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Stravinsky
segunda-feira, maio 21, 2007

Acabo de ler um artigo sobre este filme numa revista de música clássica, e fiquei, como se costuma dizer, "de antenas no ar", como melómana que sou. Mas também já li, em terreno bloguista e anónimo, que a música está pessimamente interpretada e que o filme não vale nada, etc., etc.. Tenho de ver para crer.
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La tourneuse de pages
quinta-feira, maio 17, 2007

Otis Taylor, uma descoberta, para mim, relativamente recente, na área dos Blues, um nome a explorar, dentro do género. Não são os blues a que estamos habituados. Chamam-lhe trance blues, porque mistura blues com rock e outros elementos muito interessantes. A filha acompanha-o no baixo. As letras são socio-interventivas e a qualidade do todo faz-nos quase esquecer o elemento mais fraco - as qualidades vocais do próprio. Serve-se com bastantes e bons décibeis (digo: bons auscultadores ou bom sistema de som.).
terça-feira, maio 15, 2007
Afinal esta coisa da Second Life ponto com é demasiado virtual e promíscua para mim.
A minha entrada nesse mundo paralelo foi logo inaugurada com propostas muito descaradas e disparatadas, e a aparência de tudo aquilo é muito estranha e desprovida de corpo e alma.
Se a Internet já, por si, é uma forma subliminar de comunicação entre as pessoas, e sociedades, numa perspectiva global, aquilo é a evasão total. É a procura de uma realização pessoal para tudo o que não se conseguiu concretizar no mundo real. É, de facto, viver uma segunda vida. Como eu ainda estou a viver esta e esta tem tanto por explorar, fico-me por aqui. Claro que, para os fanáticos do jogo do Monopólio, dos Sims, e das camuflagens, isto é muito interessante. Pas pour moi.
A minha entrada nesse mundo paralelo foi logo inaugurada com propostas muito descaradas e disparatadas, e a aparência de tudo aquilo é muito estranha e desprovida de corpo e alma.
Se a Internet já, por si, é uma forma subliminar de comunicação entre as pessoas, e sociedades, numa perspectiva global, aquilo é a evasão total. É a procura de uma realização pessoal para tudo o que não se conseguiu concretizar no mundo real. É, de facto, viver uma segunda vida. Como eu ainda estou a viver esta e esta tem tanto por explorar, fico-me por aqui. Claro que, para os fanáticos do jogo do Monopólio, dos Sims, e das camuflagens, isto é muito interessante. Pas pour moi.
Estou a experimentar uma Second Life. Depois falarei aqui da minha experiência nesta comunidade virtual de 6.000.000 de indíviduos.
http://www.secondlife.com/?u=d13167fab40f414881f60c7078bf6251
http://www.secondlife.com/join/?u=d13167fab40f414881f60c7078bf6251
http://www.secondlife.com/events/index.php?date=1159340400&u=d13167fab40f414881f60c7078bf6251
http://www.secondlife.com/?u=d13167fab40f414881f60c7078bf6251
http://www.secondlife.com/join/?u=d13167fab40f414881f60c7078bf6251
http://www.secondlife.com/events/index.php?date=1159340400&u=d13167fab40f414881f60c7078bf6251
domingo, maio 13, 2007

Achei graça a este vídeo que mistura dois estilos e duas gerações muito diferentes e que, no entanto, se conjugam bastante bem. Gosto muito da voz dela, Hildegard Knef, a lembrar Marlene Dietrich, sua grande amiga.
Não gosto do estilo rock agressivo dos acompanhantes mas o resultado final até que não é mau...
"Fur mich soll's rote rosen regnen"
http://www.zdf.de/ZDFmediathek/inhalt/6/0,4070,2159558-0,00.html
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Outras músicas
quinta-feira, maio 10, 2007









Conforme já tinha ameaçado, aqui vai um pequeno desafio.
Sempre que vou passear a cadela, aproveito para tirar algumas fotos, também de flores, embora tenha "acordado" tarde para esse efeito, pois a Primavera está a ficar demasiado quente e elas estão a perder a frescura que lhes apreciei há semanas atrás.
Ora consiste o desafio em identificar, s.f.f., as plantas objecto de registo que aqui coloco.
Lamento a fraca qualidade das fotos, mas é o que pode arranjar, sem pagar direitos de autor.
segunda-feira, maio 07, 2007
quinta-feira, maio 03, 2007
terça-feira, maio 01, 2007
Sophia de Mello Breyner Andresen 
O poema
Livro Sexto (1962)

O poema
O poema me levará no tempo
Quando eu já não for eu
E passarei sozinha
Quando eu já não for eu
E passarei sozinha
Entre as mãos de quem lê
O poema alguém o dirá
Às searas
Sua passagem se confundirá
Como rumor do mar com o passar do vento
O poema habitará
O espaço mais concreto e mais atento
No ar claro nas tardes transparentes
Suas sílabas redondas
(Ó antigas ó longas
Eternas tardes lisas)
Mesmo que eu morra o poema encontrará
Uma praia onde quebrar as suas ondas
E entre quatro paredes densas
De funda e devorada solidão
Alguém seu próprio ser confundirá
Com o poema no tempo
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Poesia,
Sophia de Mello Breyner Andresen
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