sábado, dezembro 29, 2007



Erroll Garner (1921-1977)
A propósito de Oscar Peterson, não posso deixar de referir aqui este grande pianista e compositor de jazz, aparecido no pós-II Grande Guerra, em Nova Iorque, em estilo be-bop muito particular. Possuo esta relíquia na minha colecção de vinil, uma versão bem sincopada e swingada de ecos Porgy and Bess - It ain't necessarily so (G.Gershwin) que ouço com imenso prazer desde a minha pré-adolescência. Não consigo dizer se é bom ou mau - é um amor incondicional. Nada do que ouvi de E. Garner me entusiasmou tanto. Laura, por exemplo, é muito bonito mas não me faz vibrar - é de um romantismo impossível, de conto de fadas, ou Misty, talvez o seu tema mais famoso, de uma beleza melódica incrível, incluído nos filmes:
Play Misty for Me (1971)
Defending Your Life (1991, Erroll Garner)
Texas Tenor: The Illinois Jacquet Story (1991)
Manhattan Murder Mystery (1993, Erroll Garner)
Naked Gun 33-1/3 (1994, Johnny Mathis)
Ocean's Eleven (2001, Liberace) And on stage:
Swinging on a Star: The Johnny Burke Musical (1995) Broadway musical And on television:
Today Show (1962) theme music for NBC morning news magazine
The Muppet Show (1978, Liberace) Episode 57
My House in Umbria (2003) HBO

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Um grande músico a relembrar sempre, mesmo se não temos capacidade para abarcar tanta emoção. Um grande músico "de ouvido" - nunca soube ler música, em toda a sua vida.

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Goodbye Oscar Peterson (15.08.1925-23.12.2007)



Por muito que se esteja preparado, é sempre triste ver desaparecer alguém que marcou tanto o jazz enquanto músico de uma qualidade extraordinária, como se pode verificar neste vídeo, gravado algures no início dos anos 60 (que mais não adianta a sua legenda no youtube), com Ray Brown no contrabaixo e Ed Thigpen na bateria.
O mundo do jazz vai ficando sem as suas referências vivas. Esperemos que elas continuem a fazer boa música onde quer que estejam.

domingo, dezembro 23, 2007

SANTA CLAUS / SONNY BOY WILLIAMSON


'santa claus' (1960)
'sonny boy's christmas blues' (1951)

quinta-feira, dezembro 13, 2007





George Russell (Cincinatti, U.S.A.,1923-)
Um dos músicos que maior influência teve nas novas tendências do Jazz. Foi um dos principais inspiradores de "Kind of Blue", considerado um dos melhores albuns de jazz de todos os tempos. Motivado por uma resposta de Miles Davis, que, à pergunta que lhe fizera sobre qual o seu objectivo máximo, enquanto músico, lhe respondeu: "Gostava de aprender todas as variantes", desenvolveu uma nova teoria à volta da música modal, sobre a qual escreveu um livro, "The Lydian Chromatic Concept". Livro que se tornou uma referência e matéria de estudo para os músicos mais inovadores, de jazz e música contemporânea.
Escolhi, para o escaparate audio, duas faixas, Manhattan-Rico (10:12) do album New York, N.Y. (1958) e D.C.Divertimento (9:14) do album The Outer View (1962).
Intervenientes: "Outer View" George Russell - piano, Don Ellis - Trompete, Garnett Brown - Trombone, Paul Plummer - Sax Tenor, Steve Swallow - baixo, Pete La Roca - bateria; "New York, N.Y." Jon Hendricks (Voz), Don Lamond - bateria, Al Epstein - bongos, George Russell -bateria, e, entre outros, Art Farmer - trompete, Bob Brookmeyer - trombone, Phil Woods - saxofone alto , Al Cohn - sax tenor, Bill Evans - piano
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quarta-feira, dezembro 12, 2007


A mulher e o lobo (1971)




EDUARDO LUIZ (1932-1988)


Hoje é a vez de falar de outra das minhas fixações de sempre, Eduardo Luiz.


Fui ao Palácio Anjos, em Algés, onde se encontra exposta parte da colecção do falecido "marchand"de arte e galerista, Manuel de Brito, e que, até 13 de Janeiro tem como tema os anos 60 da pintura portuguesa. Em destaque, o pintor quase esquecido e raramente falado, Eduardo Luiz. A sua obra encontra-se algures entre o surrealista e o neo-figurativo, com muito trompe l'oeil.


A mulher e o lobo é uma das 28 obras expostas. Achei esta obra particularmente interessante, enquanto nos transmite apenas o reflexo da floresta, permanecendo a floresta propriamente dita num escuro total de onde sobressaem as figuras, vítima e predador, a sublinhar o seu lado negro, aquele que nos atemoriza (cuidado com o papão...).



Marquise de Pomme (1981)


E mais este exemplo da sua prolífica e espantosa produção para estimular a curiosidade de quem, porventura, não se tenha ainda apercebido de que também nós tivemos um Magritte (afirmação ousada, à luz da ironia tão presente em Eduardo Luiz).

terça-feira, dezembro 11, 2007



MANOEL DE OLIVEIRA
Parabéns!
Festejar 99 anos e ter projectos que ultrapassam os 100, perdendo direito ao subsídio do Estado é, achamos nós (não estou só neste desejo), razão suficiente para alterar a legislação e prosseguir com a intervenção estatal no patrocínio deste portento nacional.
Um homem que consegue ser aclamado nos Cahier du Cinema, em Cannes e em tudo o que é festival de cinema é, pela excelência dos eleitores, logo à partida, um ser muito especial.
Só comecei deveras a apreciar o seu trabalho quando do visionamento de "Vale Abraão" - o Douro e suas margens mostrados em toda a sua pujança. Só por si era razão. Mas cativar Catherine Deneuve, John Malkovich, Michel Piccoli, Marcello Mastroianni ( "Viagem ao Princípio do Mundo"1997, último filme em que entrou) , Chiara Mastroianni, contratar Diogo Dória, Miguel Cintra e descobrir uma Leonor Silveira, para intérpretes dos seus filmes, é obra.
Pronto, não sou crítica de cinema e não vou expressar aqui o que apreciei, enquanto espectadora, dos seus filmes que, de "parados", só para quem tem o cérebro congelado poderão parecer. Gostei sempre do que vi, porque cada imagem me deu motivo de reflexão, porque senti a essência das coisas simples (que nada têm de simples, mas parecem-no), ou porque belas me foram (são)as imagens e as palavras.
Por isto e muito mais que hoje, certamente, estará a ser dito em sua homenagem,
Salvé Manoel!

segunda-feira, dezembro 10, 2007


OSCAR NIEMEYER E CLARICE LISPECTOR

Oscar Niemeyer, o arquitecto de Brasília, faz 100 anos de idade no dia 15 deste mês. Soube isto através do programa "Câmara Clara", de Paula Moura Pinheiro, na RTP2, domingos à noite, ontem. Fiquei fascinada! Há tempos, vi-o num documentário, já ele ia a caminho dos 90, entrevistado e a falar e desenhar esboços de arquitectura e a filosofar sobre a vida e pensei como é fantástico poderem-se aguentar os neurónios activos e iluminados até tão provecta idade. Através de Paula Moura Pinheiro e seus convidados fico a saber que ele continua activo e criativo.

Depois de ontem, fiquei também a saber que Clarice Lispector, excelente escritora brasileira(ucraniana/judaica> 10/12/1920-09/12/1977), havia dedicado uma crónica jornalística a Brasília, que me entusiasmou ao ponto de aqui a transcrever.
BRASÍLIA
"Brasília é construída na linha do horizonte. Brasília é artificial. Tão artificial como devia ter sido o mundo quando foi criado. Quando o mundo foi criado, foi preciso criar um homem especialmente para aquele mundo. Nós somos todos deformados pela adaptação à liberdade de Deus. Não sabemos como seríamos se tivéssemos sido criados em primeiro lugar e depois o mundo deformado às nossas necessidades. Brasília ainda não tem o homem de Brasília. Se eu dissesse que Brasília é bonita veriam imediatamente que gostei da cidade. Mas se digo que Brasília é a imagem de minha insônia vêem nisso uma acusação. Mas a minha insônia não é bonita nem feia, minha insônia sou eu, é vivida, é o meu espanto. É o ponto e vírgula. Os dois arquitetos não pensaram em construir beleza, seria fácil: eles ergueram o espanto inexplicado. A criação não é uma compreensão, é um novo mistério."
LISPECTOR, Clarice.

terça-feira, dezembro 04, 2007


Manuel Amado - Centro Cultural de Cascais

Com início em 17 de Novembro e fim em 20 de Janeiro de 2008, está a decorrer uma exposição bastante abrangente da obra de Manuel Amado. Não sei se por vontade do próprio ou distracção dos apreciadores de pintura deste nosso padrasto país, a verdade é que pouco dele se fala, inclusivé na net. Pesquisei algumas enciclopédias e nada encontrei sobre este senhor.
No entanto, constatei que foi capa de uma Colóquio Artes nº.96(revista de Artes publicada pela Gulbenkian, até 1996), uma das obras de Rodrigo Guedes de Carvalho (A Casa Quieta) também tem capa com obra sua, uma edição francesa de Sophia de Mello Breyner Andresen também, e não menciono mais porque isto e esse muito mais está suficientemente mostrado nesta exposição.
Ver esta exposição é passearmo-nos pelos lugares da nossa infância. Aqueles que já (quase) não existem. Aquela luz que põe côr nas coisas, nas casas, nos jardins, nas ruas da cidade, numa janela virada para a praia. A memória dos lugares vividos e, por isso, com vida.
A não perder!!! (Não sei como dizer isto, mas é mesmo de ir...)

domingo, novembro 25, 2007

Música Portuguesa

A propósito de uma audição que muito me agradou, hoje, num programa da Antena 2, acabei por pesquisar um pouco sobre o compositor português Armando José Fernandes (1906-1983), cuja obra desconheço quase por completo. Pode-se ouvir um excerto de uma composição sua no sítio* que aqui deixo. Mas o que hoje ouvi, de uma concerto composto em 1951, deixou-me a apetência para adquirir tudo o que dele encontrar publicado.
http://www.mic.pt/
*Este sítio parece-me interessante numa perspectiva de divulgação da música portuguesa erudita.

sexta-feira, novembro 23, 2007

The St. James Infirmary

Como não encontrei a minha interpretação favorita deste tema - procurei e não consegui, Jack Teagarden, - então opto por este vídeo, com voz e interpretação de Louis Armstrong, e autoria de Dhar Jabouri.

I went down to old Joe's bar room, on the corner by the square
Well, the drinks were bein' served as usual, and this motley crowd was there
Well, on my left stood Joe McKennedy, and his eyes were bloodshot red
When he told me that sad story, these were the words he said:

I went down to the St. James infirmary, I saw my baby there
She was stretched out on a long white table, so cold, and fine, and fair.
Let her go, let her go, God bless her, wherever she may be
She can search this world over, never find another man like me
When I die Oh lord please bury me In my high top stetson hat
Put gold coins over my eyelids So the boys will know I died standing pat
Get six crapshooting pallbearers Six chorus girls to sing me a song
Put a jazz band behind my hearse wagon To raise hell as we roll along
Get sixteen coal black horses, to pull that rubber tired hack
There's thirteen men going to the graveyard Only twelve men are coming back
Well, now you've heard my story, well, have another round of booze
And if anyone should ever, ever ask you, I've got the St. James infirmary blues!

segunda-feira, novembro 12, 2007


PAULA OLIVEIRA NO "HOT CLUBE", Lisboa, Portugal.

Atenção a esta cantora de jazz em português, que já tive, há alguns anos, a oportunidade de ouver no mesmo espaço - o "Hot Clube de Portugal"- que anuncio em título.

Paula Oliveira é uma cantora de alma, com uma excelente técnica vocal e um repertório (luso) de um bom gosto sem mácula. Na altura (há dois ou três anos atrás), fiquei muito bem impressionada. Não a conhecia e não tinha qualquer referência sua, provavelmente por andar distraída com outras coisas... Porque era caso para me perguntar onde é que tinha andado para não ter ainda dado por esta figura a fixar no quadro dos nossos melhores.

Entretanto, apercebi-me da edição de um CD, em parceria com o pianista João Paulo, que não conseguiu cativar-me, pela fraca qualidade da gravação. Ou talvez eu estivesse demasiado exigente nesse dia...

Bom, mas o que me faz falar dela hoje é porque continuo a achar que se deve estar atento a tudo o que faz e ir até ao "Hot", no dia 14 deste mês, ou comprar o seu último CD - "Fado Roubado" - que me parece uma boa aquisição, por aquilo que transparece daqui .

quarta-feira, novembro 07, 2007

JODIE FOSTER & NEIL JORDAN - THE BRAVE ONE


Grande filme, Grande realização, Grande interpretação. A não perder!
Já tinha saudades de um filme assim.

segunda-feira, novembro 05, 2007


Monica Zetterlung (1937-2005)
Descobri por acaso esta cantora de jazz sueca, que, para além de uma excelente presença, doce, algo tímida e aparentemente insegura, mas com uma voz muito agradável e bem colocada, tinha a particularidade de cantar temas clássicos do cancioneiro (de jazz e afins) norte americano, em sueco. O resultado era algo exótico, como se pode verificar por este vídeo http://www.youtube.com/watch?v=8tp-nbchmHU, e mais este http://www.youtube.com/watch?v=LqkzHOAL5lg

quarta-feira, outubro 31, 2007

Tom Verlaine and Jimmy Rip - Music for Experimental Film (http://www.youtube.com/user/KinoInternational)


Innovative and influential musician Tom Verlaine, joined by celebrated producer and guitarist Jimmy Rip, reawaken the spirit of the avant-garde film as they perform a series of newly composed musical scores. The ground-breaking works of Man Ray, Watson & Weber, Fernand Léger and Hans Richter take on new life wrapped in scores that are by turns playful, haunting, serene and intense. Now on DVD from WWW.KINO.COM (Sic)

Ainda a propósito de Patti Smith, não resisti a um copiar/colar de um vídeo que anuncia um trabalho de Tom Verlaine, em parceria com Jimmy Rip, recentemente editado em DVD. Tom Verlaine foi companheiro de Arte de P.Smith, tendo colaborado no seu álbum, "Horses", e noutros projectos ao longo das respectivas carreiras. A propósito dele disse ela a seguinte frase: "Tom plays guitar like a thousand bluebirds screaming."

segunda-feira, outubro 29, 2007


PATTI SMITH!.......YES!!!!

O Coliseu de Lisboa teve, ontem, o ENORME prazer de receber a grande dama do Rock/Punk, a fantástica, a inesquecível, a única, aquela que incorpora Rimbaud, Robert Mapplethorpe, Fernando Pessoa, Tom Verlaine, aquela que canta poesia com a força de um tornado, que mexe com o público até ao êxtase numa mobilização magnética para todas as grandes causas humanísticas, humanas e da Humanidade. Um coração enorme em forma de gente, uma fúria redentora, uma voz que nos acorda de marasmos negligentes e nos convence que, connosco, o mundo pode ser um sítio maravilhoso para se viver. Assistir a um concerto de Patti Smith é obrigatório! Há mais de trinta anos que sonhava poder ir a um concerto seu e, se, em 2001, tive oportunidade de estar numa sua intervenção intimista e com público escasso no Pavilhão Carlos Lopes, em que apenas se fazia acompanhar por Oliver Ray, na guitarra, para sempre gravada no mais profundo do meu ser, ontem foi a realização total. Depois disto, já posso morrer descansada.

O seu acompanhante de (quase)sempre, Lenny Kaye, também foi a Com-Firmação. Instrumentos: Guitarra e voz, ambos perfeitos e em absoluta sintonia de alma e corpo com Patti. Há entre eles uma espécie de união perfeita (cósmica?) que reforçou, ainda mais, a onda de energia que possuiu o público.
Patti Smith é o Ser Humano, é a parte em nós que nos faz falta. Thank You!!!!

quarta-feira, outubro 17, 2007

ART TATUM (1909-1956)


Yesterdays, Spike Jones Show 1954 (Chelle8506)

Art Tatum, considerado um dos maiores pianistas, para alguns o maior, de jazz de todos os tempos, e um dos principais percursores do bebop.
Nasceu em Toledo, Ohio, E.U.A., e era quase cego. A sua principal influência terá sido Fats Waller e o Stride* o seu ponto de partida.
Vladimir Horowitz, grande pianista de música clássica, era seu grande apreciador. Diz a lenda que chegou a deitar a sua lagriminha emocionada.
Este vídeo mostra um pouco da sua mestria.
*Surgido do Ragtime, caracterizava-se por um ritmo sincopado e pela forma como o movimento da mão esquerda se assemelhava a um metrónomo.

quarta-feira, outubro 10, 2007

MATTHEW SHIPP
on Culture Catch! (YouTube by rjb9799)



Embora esta entrevista saiba a pouco, serve, na falta de melhor, para apresentar um dos mais talentosos, criativos e inovadores pianistas de jazz com sede em Nova Iorque, desde os anos 90.
Matthew Shipp já passou por Lisboa anteriormente, mas, para quem não teve oportunidade então de o ouvir ao vivo, vai muito a tempo de o fazer na última noite deste mês, às 23h., no "Lux Jazz Sessions". Vai-se apresentar em Trio, sendo de assinalar o fabuloso contrabaixista que o acompanha (quase) sempre, William Parker, um dos principais anfitriões, organizadores e impulsionadores do "Vision Fest", N.Y., presença também reincidente em terras de Portugal.
Ambos se podem ouvir no "MediaMaster"(Radio) e no "My Library", desde que reactivei este blogue, pois, devo dizer, estou sempre à espera que saia mais um CD onde, quer um, quer outro participem, que é logo adquirido para a minha colecção.

domingo, outubro 07, 2007

You are not I (Daniel Blaufuks)
Michael Blake, músico de jazz (sax, clarin., flauta) ligado, noutras eras, a projectos interessantes, como The Lounge Lizards/John Lurie, por ex., ou, mais recentemente, a Ben Allison, contrabaixista bem cotado nas cenas jazzísticas actuais, Michael Blake, como estava a dizer, para além da sua obra musical em nome próprio, de que possuo dois CD´s - "Elevated" e "Blake Tartare More Like Us" provocou-me efeitos secundários noutra área artística - a fotografia. Mais propriamente, levou-me a aprofundar o conhecimento da obra de Daniel Blaufuks, que sempre apreciei mas que, porque o tempo não estica para tanta coisa, tinha ficado um pouco na penumbra das minhas escolhas.
A fotografia que aqui deixo foi escolhida para capa de um dos Cd's que acabo de referir - "Elevated"(Knitting Factory Records"-KFW-304, 2002).
Mas as cinco fotos que envolvem o outro CD mais recente de Blake, são também excelentes escolhas da obra do nosso artista de quem a última vez que ouvi foi sobre um trabalho elaborado à volta das suas raízes judias.
Quanto a Michael Blake, chamo a atenção para "Blake Tartare More Like Us."(Stunt Records, STUCDO6012, 2006), onde, para além das composições serem quase todas muito boas e o trabalho de Blake nos sopros e como compositor ser do que melhor existe por aí actualmente, a voz de Maria Laurette Fiis vem abrir aquela porta para outras paisagens mentais para lá do jazz (mas sempre com ele). Excelente, também, o trabalho de todos os músicos deste projecto.
Vem tudo isto a propósito das diversas formas de Arte andarem lado a lado, e não me parecer assim tão fácil o agoirado fim do CD. Onde fica o objecto de colecção? Onde a informação condensada na capa respectiva? Onde a sensação de possuir a coisa e poder classificá-la, arquivá-la e, mais tarde, a ela poder voltar? E há sempre algo que nos escapa e podemos sempre nele tropeçar e ter um novo prazer, para lá do que já tivemos quando dos primeiros"encontros".
Foi o caso.

domingo, setembro 30, 2007


"Så som i himmelen"("Como se Fosse o Céu")*

Ano: 2004

GF Studios ABCredits:

Realizador: Kay Pollak

Argumento: Kay Pollak in association with Anders Nyberg, Ola Olsson, Carin Pollak and Margaretha Pollak

Produção: Anders Birkeland, Goran Lindstrom

Direcção de Fotografia: Harald Paalgard

Montagem: Thomas Tang

Música: Stefan Nilsson

Intérpretes: Daniel Dareus: Michael Nyqvist;Lena: Frida Hallgren;Gabriella: Helen Sjoholm;Arne: Lennart Jahkel;Stig: Niklas FalkInger: Ingela Olsson;Conny: Per Morberg;Florence: Axelle Axell;Erik: Lasse Petterson;Olga: Barbro Kollberg;Siv: Ylva Loof;Amanda: Ulla-Britt Norrman;Holmfrid: Mikael Rahm

Duração: 130 minutos

Como agora vou pouco ao cinema, rodeio-me de DVD's que vou armazenando para quando me apetece ver um filme de minha escolha, com princípio, meio e fim, com intervalos sempre que me apetecer, e, sobretudo, sem interrupções para publicidade. Um dos sítios onde me abasteço de DVD´s a preço de um bilhete de cinema é a Blockbuster, que normalmente tem saldos de filmes ex-aluguer.

*Ontem, dos DVD´s que adquiri, resolvi ver um, produto do cinema sueco, de um realizador de quem nunca tinha ouvido falar - Kay Pollak (1938-).

Foi uma experiência emocional avassaladora. Aconselho e recomendo.

Trata do regresso à sua aldeia de infância, de um maestro reformado precocemente, por problemas cardíacos. Desde logo, dados os seus conhecimentos musicais, é convidado para educar e dirigir o coro da igreja local.

Não adianto mais nada sobre o filme, porque há que vê-lo e saboreá-lo. Mas deixa muita matéria no ar para reflexão sobre o que é a vida, o nosso relacionamento com o próximo, o encontro connosco mesmos, o poder da música como desbloqueadora das nossas inibições, como despertador do corpo e do espírito para estádios libertadores, como conciliadora, como redentora. Infelizmente, o poder da música também pode ter efeitos secundários preversos, sublinhando, por exemplo, um estado de alma mais triste ou acicatando sentimentos negativos em pessoas intrínsecamente mais desequilibradas, descompensadas ou, inclusivé, desprovidas de sensibilidade artística. Também deste lado cinzento, o filme fala.

O final é inesperado (ou talvez não). Mas sobre ele também não vou falar. Também não gosto que me contem o fim de uma obra que ainda não conheço.

domingo, setembro 23, 2007

Michael Bublé "Feeling good"

A versão de Nina Simone é imprescindível em qualquer casa que se preze, mas esta também não está nada mal...

sexta-feira, setembro 21, 2007



Hoje é o

DIA INTERNACIONAL DA PAZ




Aproveito para fazer uma alusão à recente visita do digníssimo defensor da paz no mundo - Sua Santidade, DALAI LAMA, XIV(Prémio Nobel da Paz em 1989) - e da forma como, mais uma vez, foi exemplar na comunicação do que é mais importante para todos os seres humanos - a tolerância, a compaixão e o amor pelo próximo.


Tão simples e, no entanto, tão difícil de pôr em prática, conforme se constata no dia-a-dia das nossas vidas e das vidas dos outros, próximos ou distantes.



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Yungchen Lhamo (CD "Coming Home", Editora RealWorld, 1998).

terça-feira, setembro 18, 2007


Paula Rêgo «Branca de Neve e sua madrasta»

Vai ser em Madrid, no Museu Rainha Sofia. Uma retrospectiva da obra desta extraordinária pintora - 50 anos de obra feita, de sua para nossa fruição. As palavras certas são desconcerto e admiração, para definir, em síntese última, o que esta pintora me suscita. Se calhar, vou a Madrid.

domingo, setembro 16, 2007

Há 30 anos, o mundo disse adeus à Diva, à voz, à cantora de ópera que mais paixões terá despertado até hoje entre os melómanos de todo o mundo. Άννα Μαρία Καικιλία Σοφία Καλογεροπούλου (Ánna María Cecilía Sofía Kalogerópulu)
Recordar MARIA CALLAS na coluna aqui ao lado e pensar como é bom podermos fazê-lo. Hoje, muitas homenagens lhe serão prestadas, principalmente em Paris, onde faleceu. O canal de Televisão Mezzo também vai transmitir um documentário. Vou ver. Talvez não seja o que eu tenho em DVD...

sábado, setembro 15, 2007


Hoje vou fazer um pequeno apontamento sobre 3 coisas boas acontecidas ou a acontecerem brevemente no universo dos nossos prazeres culturais e adjacentes. Já chega de pensar em desgraças.

Assim:


Patti Smith vem ao Coliseu de Lisboa, no dia 28 de Outubro. Aleluia!
Embora já tenha tido o privilégio de fazer parte do grupo de fans que compareceram no Festival da Numérica, há alguns anos atrás, penso que em 2002, para assistir a um espectáculo que terá passado despercebido para a maioria, nunca é de mais estar presente sempre que haja oportunidade.


Zap Mama *editaram um CD muito interessante, «Supermoon», com, pelo menos dois temas do seu melhor, «Moonray» e «Princess Kesia». E, a propos, acho de muito bom gosto o site do grupo.


Op. , revista sazonal de ensaios e resenhas sobre música, cinema, literatura, filosofia e cultura à flor da pele, que se insere no corolário do que é este blog (tomara eu...), está absolutamente aprovada. De vez em quando compro-a e está cada vez melhor. Até se dá ao luxo de ter duas capas à escolha. Gosto!

quinta-feira, setembro 13, 2007

Weather Report - Birdland(1978)



D.E.P. Joe Zawinul (11.09.2007). Mais uma tristeza.

Aqui, com Jaco Pastorius (1951-1987), Wayne Shorter e Peter Erskine, num dos temas mais interessantes deste grupo de jazz de fusão. Tudo músicos fantásticos numa composição que fez furor nos finais da década de 70 do século passado. A primeira vez que ouvi Birdland, foi em Londres, precisamente em 1978, no carro de amigos, a caminho de um concerto de música punk. Adorei, embora não fosse e continue a não ser muito apreciadora do jazz de fusão. Aquilo era uma injecção de energia, a sublinhar momentos de euforia. O LP ainda faz parte da minha colecção e é sempre um prazer voltar a ouvi-lo. Obrigada, Joe.

terça-feira, agosto 28, 2007

HARUKI MURAKAMI (no seu Bar de Jazz, o Peter Cat, em Tokyo, 1978)

Numa crónica autobiográfica que escreveu para o The New York Times, em 8 de Julho passado, Murakami, um dos maiores escritores da actualidade, fala, entre outras coisas, da sua paixão pelo jazz.
Conta que o primeiro concerto de jazz a que assistiu, quando tinha 15 anos, em Kobe (Japão), o deixou rendido para sempre a este género musical. Foi com Art Blakey and The Jazz Messengers, que o jazz entrou na sua alma, tendo mesmo, mantido um bar de jazz, o Peter Cat, no Japão, durante 7 anos, antes de se dedicar à escrita literária como forma de vida.
«Que maravilhoso seria escrever como quem toca um instrumento», ou «tanto a música, como a ficção, assentam no ritmo (...) aprendi a importância do ritmo com a música, principalmente, com o jazz.(...) Depois, vem a melodia, que em literatura, significa a organização e adequação das palavras ao ritmo»...Mais à frente, escreve «Praticamente tudo o que sei sobre escrita, aprendi com a música». E fala nas influências de alguns músicos de jazz no seu trabalho: Charlie Parker, Miles Davis, T.Monk...*
Fico contente que este escritor fantástico goste tanto de jazz (parece que tem mais de 40.000 albuns! ).

* Ler mais em http://www.nytimes.com/2007/07/08/books/review/Murakami-t.html?ex=1188446400&en=5fa7d734755dafd8&ei=5070

sábado, agosto 25, 2007


A quem interesse: É hoje e amanhã, a transmissão de "A Valquíria", de Richard Wagner, na RTP2.

25.08 - 17H15M - 1ª E 2ª PARTE

26.08 - 18H15M - 3ª PARTE

A VERSÃO TELEVISIVA DE "A VALQUÍRIA" É UMA PRODUÇÃO DA RTP 2, REALIZADA POR FERNANDO ÁVILA.



Sonny Rollins "Horn Culture" (LP-Milestone-Pathé Marconi/EMI-1974)

(Não tenho como colocar um excerto deste LP aqui no blogue, mas ficam os detalhes para quem tiver interesse em procurar.)

Sonny Rollins (ts, ss) Walter Davis Jr. (p, el-p) Yoshiaki Masuo (g) Bob Cranshaw (b) David Lee (d) Mtume (per, p)
NYC & Berkeley, CA, June, July, June 7, 1973

Pictures in the Reflection of a Golden Horn (Sonny Rollins)
Sais (Mtume)
Notes for Eddie (Sonny Rollins)

God Bless the Child (Holiday-Herzog)
Love Man (Sonny Rollins)
Good Morning, Heartache (Drake-Fisher-Higginbotham)
Um album de que nunca mais voltei a ouvir falar desde que o adquiri na minha juventude e que ouço sempre com muito prazer. A época em que foi gravado, após um período de retiro sabático em que Sonny se dedicou ao ioga, meditação e absorção de influências orientais, reflecte-se nesta obra, tornando-a uma peça exótica na sua ampla discografia. Para mim, das coisas mais interessantes que ele fez.
Aproveito para relembrar que Max Roach (1925-2007), agora desaparecido, foi, durante muito tempo, o baterista favorito de Sonny Rollins.

sexta-feira, agosto 17, 2007

Sidsel Endresen singer / composer / poet (n.1956,Noruega)

From 1981-87, Sidsel worked as singer and co-writer in Jon Eberson Group. Together they released five CDs and won two Norwegian "Grammy" awards. From 1989: Sidsel signed to the German label ECM Records, where she released two solo CDs - "So I Write" (1990) and "Exile" (1994) which won her much critical acclaim internationally. Both CDs in collaboration with Django Bates, Jon Christensen and Nils Petter Molvær, plus additional musicians on "Exile" David Darling and Bugge Wesseltoft. From 1993: Duo with keyboardist Bugge Wesseltoft, released three CDs - "Nightsong" (1994), "Duplex Ride" (1998), both on Curling Legs/ACT - and "Out here. In there" (Jazzland/Universal, 2002). They received the Norwegian "Grammy" for ”Duplex Ride” and ”Out here. In there”. 1995-1999: Free improvising vocal trio ESE, together with Elin Rosseland and Eldbjørg Raknes. The trio wrote commissioned pieces for Vossa Jazz 1996, NRK 1997 and released the CD "GACK" (Jazzland/Kemistri 1999). 2000-2002: Solo project "Undertow" (Jazzland Rec. 2000), together with Audun Kleive, Patrick Shaw Iversen, Roger Ludvigsen, Bugge Wesseltoft and Nils Petter Molvær. Nominated for the Norwegian ”Grammy” 2000. Extensive touring in Norway and Europe. New line-up from 2002: Christian Wallumrød – keys and Jan Bang – live sampling and treatment. Tours / festivals in Europe, Great Britain, Canada and China. 2002 - : Duo collaboration with Christian Wallumrød. First cd release: ”Merriwinkle (Jazzland/Universal 2004) in collaboration with Helge Sten (alias Deathprod). From 1999: Collaboration with neknowned contemporary music composer Rolf Wallin. Soloist and co-composer in the one-woman-opera "Lautleben" (performed at Ultima 1999, Festspillene in Bergen 2000, Stockholm 2001 and in UK, 2001). 2000: Wrote music for Runi Langum´s film "Expedition". Sidsel has fronted a number of her own groups and worked with a large number of Norwegian and international jazz musicians. She has worked within a wide range of musical genres, including contemporary music, multimedia performances, - soloed with choir and symphonic music, - collaborated with other Norwegian poets and worked extensively with the voice as solo instrument. Sidsel has written music for several theatre-and dance-performances since 1990, been festival composer for Molde Int. Jazz festival 1993, Bergen "Nattjazz" 2002 - toured and participated in festivals in Scandinavia, Europe, Great Britain, Canada, China and Japan. She has been awarded several Norwegian Music Awards, among others 4 Norwegian ”Grammies”, the "Buddy Award" 2001 (Norwegian Jazz Association´s highest award) as well as being nominated for The Nordic Council Music Award 2000. She has released 14 records and participated as sidewoman on a number of other releases. Sidsel also teaches at The Norwegian State Academy of Music. Selected discography: Title Year Rec.company Merriwinkle 2004 Jazzland/Universal Out here. In there. 2002 Jazzland/Universal Undertow 2000 Jazzland/Universal Gack 1999 Jazzland/Kemistri Duplex Ride 1998 Curling Legs/ACT Nightsong 1994 Curling Legs/ACT Exile 1994 ECM Records So I write 1990 ECM Records
(Notas biográficas tiradas do sítio da actual editora de Sidsel, a Jazzland)

Vulto superior no Jazz vocal nórdico, fiquei "apanhada" quando ouvi (e adquiri) o cd "Undertow", em particular, com o tema "Western Wind", que ainda hoje ouço com muito prazer. Há uma atmosfera mágica nesta música e na simbiose entre a voz e a zona instrumental que nos leva a voos mentais muito estranhos e belos.
Posteriormente, com "Out here, In there", confirmei tudo isto e estou atenta a tudo o que ela produz. Os temas "Try" e o que dá o nome ao cd são óptimos.

terça-feira, agosto 14, 2007


SIDNEY BECHET (New Orleans(USA),14.05.1897-Garches(France)14.05.1959)

Foi com "Petite Fleur"* que o Jazz me cativou, tinha eu 5 anos, graças ao single de Sidney Bechet, que um tio meu havia, então, transportado num "dois cavalos" de França para o meu Alentejo profundo.
E depois, o jardineiro chamava-se Florimundo, e, verifiquei, anos mais tarde, o quanto era parecido com Henry Fonda, assim como um outro trabalhador lá de casa, o Chico, fazia lembrar o Clark Gable, com a diferença de que não eram a preto e branco.
Isto não é nostalgia, não senhor, é apenas o enquadramento de Sidney Bechet no meu pedaço de mundo isolado e sonhado naquela planície sem fim.

* Ouvir "Petite Fleur" no Standalone player, s'il vous plait.

quinta-feira, agosto 09, 2007

INGMAR BERGMAN
Só para deixar aqui a minha tardia homenagem, porque não ficaria bem comigo mesma se não o fizesse. Não acrescento mais nada porque quase tudo terá sido dito sobre este cineasta nos dias imediatos ao seu mergulho definitivo naquele sono profundo da «não existência».

quinta-feira, agosto 02, 2007

Interlúdio

Não sei como explicar mas, de repente, deixei de ter vontade de escrever aqui na net, blogue incluído. Não sei se é mal de longa ou curta duração, não sei se é do Verão, mas o certo é que, de momento, não estou disponível. Posso, no entanto deixar aqui umas dicas sobre o que ultimamente me tem interessado: Em letras - Mia Couto, Teolinda Gersão, Jeanette Winterson e Haruki Murakami; Em músicas - Blues índios, Blues, André Previn e Anne-Sophie Mutter (Num Tango composto por aquele e executado por ambos, entre outras coisas) e o coro dos reformados de Ferreira do Alentejo, com as suas músicas alentejanas do mais puro que há; filmes, na minha sala, "Profissão-Repórter", de Michelangelo Antonioni e "Bug", de Phil May e Matt Manfredi (da série do Fantasporto lançada pelo jornal "O Público"). Tudo entre o Bom e o Excelente.
É bem provável que repegue em algumas destas obras e lhes dedique umas palavras de apreço pelos bons momentos que me proporcionaram e que gostaria de partilhar com a blogos. Mas não vai ser agora - espera-me Morfeu...
'See you around

segunda-feira, julho 30, 2007


ERIC VON ESSEN (1954-1997)

Instrumentista (contrabaixo) professor e compositor de Jazz, faleceu, há quase 10 anos, na Suécia, depois de brilhante carreira nos E.U.A.,tendo deixado mais de uma centena de temas, que foi compondo ao longo da sua, infelizmente, curta vida. Alguns desses temas foram posteriormente trabalhados e compilados em três CD´s por colegas e músicos amigos de Eric, como forma não só de o homenagear, como de dar a conhecer a sua obra.

Os seus amplos conhecimentos musicais foram fonte de inspiração e inovação para os que o rodeavam. Aqui deixo "Silvana"*, um tema que consegui obter por um acaso e que me levou a aprofundar a sua origem.



Eric_von_Essen-Sil...
*Interpretação: Alan Pasqua - Piano
Dave Carpenter - Contrabaixo
Peter Erskine - Bateria

quinta-feira, julho 26, 2007


*

PATTI SMITH's new record. Mais um "must".


12 faixas de gente importante da musica pop re-dimensionadas pela estrela maior - uma mulher fantástica, um ser humano superior, único, em permanente ligação com tudo o que é realmente importante na vida - o amor (em todas as suas formas), a amizade, a paz, a solidariedade e a comunicação de tudo isto sob a forma de canções, poemas, mensagens, crónicas (na sua página da net, por exemplo**), onde também partilha connosco uma espécie de diário, de que deixo aqui alguns excertos curiosos:

June 25, 2007 - DRESDEN


At this moment I am in Dresden. From my hotel window I can hear the Dresdner Sinfoniker rehearsing for an open air performance tonight with Barbara Krieger and the great baritone Bryn Terfel.(...) (...)I have returned. It was very hot in the slaughterhouse and my clothes are soaked in sweat. I hurried back hoping to catch a bit of the opera gala and I was truly rewarded. I saw the encore. I did not recognize the aria but it was very pretty. The pair accepted flowers and bowed.
(...)What have I found? The people warm and friendly. All ages. All wondering what will happen in our world. What can one say? Bad things are happening. We must make other things happen. Good things. Build a parallel world. Celebrate that even in the worst of times we are alive.

*A pandeireta, na capa do cd, é da autoria de Robert Mappletorpe, seu amigo e companheiro dos primeiros tempos da sua juventude, tendo-lhe sido oferecida no ano em que se conheceram (1967), quando do seu 21º.aniversário. Tem o desenho do seu signo astrológico.

segunda-feira, julho 23, 2007


e.s.t.

CCB - 22.07.2007

Foi um CONCERTO.

Foi um espectáculo de extremo bom gosto, desde a música à luz, à simpatia de Esbjörn, ao virtuosismo do todo e cada um dos elementos do trio, à energia positiva que nos transmitem, e que fica a pairar em nós durante muuuuito tempo.

Gostei de confirmar o que já tinha percebido da audição dos dois CD's que deles possuo: "viaticum" e "tuesday wonderland" - sons em constante inovação, sem perda de identidade própria. Utilização de novas técnicas em prol de uma re-construção das melodias e dos ritmos que pensávamos conhecer desde que nascemos...e que surgem aqui com revestimento Séc. XXI. Cada tema é composto de uma zona neo-clássica, uma electronica, uma drums&bass, uma à la Jimi Hendrix, mas em contrabaixo e, com termo, quase sempre no regresso à singela e quase pueril* melodia de base, ou tema central, como soi chamar-se, deixando-nos em suspensão no lado do "país das maravilhas".
A projecção em negativo das mãos dos músicos em execução dos respectivos instrumentos, entre efeito de fumos e jogo de luzes, é muito interessante. Essencialmente tudo feito com muita subtileza e, repito, bom gosto.

Por curiosidade, houve momentos que me lembraram sons do "Salvé maravilha" dos "Banda do Casaco" e Né Ladeiras de tempos que já lá vão, mas de que retive o vinil, bem guardado no meu baú.

*No bom sentido, i.é, melodias que nos entram directamente para a zona do aconchego.

domingo, julho 22, 2007



É hoje, concerto no CCB. Lá irei, se Deus quiser.

sábado, julho 21, 2007


A RTP 2, segundo se anuncia no jornal "O Público", vai exibir no fim-de-semana de 25/26 de Agosto, ás 17h e 18h, respectivamente, a segunda parte da tetralogia "O Anel de Nibelungo", controversa encenação de Graham Vick para o Teatro Nacional de São Carlos, em Março último.
Ontem virei e revirei a net à procura da confirmação deste "acontecimento", que tem vindo a ser anunciado na RTP 1, de uma forma que, para além de me fazer pensar que era já por estes dias, me deixou algo perplexa, pois anunciam-se "As Valquírias"... Será porque vai passar em dois dias que passa a plural?
De qualquer modo, aqui fica a sinopsis da(s) anunciada(s).

Richard Wagner
(Leipzig: 22 de Maio de 1813-Veneza: 13 de Fevereiro de 1883)

O Anel do Niebelungo
A Valquíria

10ª ópera (63 anos)
Libreto: Richard Wagner
Estreia: (Bayreuth) 14 de Agosto de 1876

Personagens e Intérpretes:
Siegmund (Ronald Samm), Hunding (Maxim Mikhailov), Sieglinde (Anna-Katharina Behnke), Wotan (Mikhail Kit), Brünhilde (Susan Bullock), Fricka (Judith Németh), Valquírias (Sara Andersson, Andrea Dankova, Ana Paula Russo, Dora Rodrigues, Ekaterina Godovanets, Stefanie Irányi, Gabriele May e Qiu Lin Zhang).
1.ºActo
O Deus Wotan teve 9 filhas da Deusa Erda, as Valquírias. Mas teve também dois filhos duma Mortal, os gémeos Siegmund e Sieglinde, que, depois da morte da mãe, se perderam um do outro pelos caminhos da Terra. É com o encontro entre estes dois irmãos que se inicia a acção da "Valquíria". Durante uma tempestade, Siegmund, que foge dos seus inimigos, procura refúgio numa cabana. Quis o Destino que essa cabana fosse a morada da irmã, Sieglinde, e de Hunding, o seu marido. Os irmãos não se reconhecem e sentem-se atraídos por uma paixão irresistível. Sieglinde dá uma bebida mágica a Hunding, que adormece, e os dois irmãos fogem, não sem que, antes, Siegmund se apoderasse duma espada que estava cravada num castanheiro. Siegmund ignora-o, mas essa espada fora ali colocada pelo Deus Wotan, seu pai, que sobre ela lançara um poderoso feitiço: quem conseguisse arrancá-la da árvore tornar-se-ia invencível.
2.ºActo
A acção do 2º acto passa-se num lugar agreste e rochoso onde irá travar-se o confronto entre Siegmund e Hunding - que o persegue por lhe ter raptado a mulher, Sieglinde. Informado do que se passa, o Deus Wotan encarrega uma das Valquírias, Brünhilde, a sua filha preferida, de proteger o irmão nesse duelo. Mas Fricka, mulher de Wotan, opõe-se: ela acha que Siegmund deve pagar pelo seu crime. Wotan cede, e ordena à Valquíria que dê a vitória a Hunding. Brünhilde desobedece e Wotan vê-se obrigado a interferir no duelo: com a lança quebra a espada de Siegmund que morre às mãos de Hunding. Desobedecendo de novo a Wotan, Brünhilde decide proteger Sieglinde levando-a consigo para o interior da Floresta. Wotan está desesperado: Siegmund, o seu filho, morreu por culpa sua. Não devia ter cedido à vontade de Fricka. Então decide vingar-se: mata Hunding e parte em perseguição da Valquíria.
3.ºActo
O 3º acto passa-se numa região rochosa habitada pelas Valquírias. Brünhilde chega com Sieglinde. Diz que ela vai ser mãe dum herói e aconselha-a a procurar refúgio na Floresta. Quanto a Brünhilde... desobedeceu e deverá ser castigada: Wotan tira-lhe a imortalidade e mergulha-a num sono profundo. Adormecida sobre um rochedo, protegida pelo Fogo Mágico, a Valquíria só poderá ser libertada por um Herói de coração puro.

( Enredo resumido da autoria de Margarida Lisboa, para RDP, intérpretes acrescentados por outra Margarida, também de Lisboa.)

Direcção musical: Marko Letonja
Cenografia e figurinos: Timothy O'Brien
Coreografia: Ian Spink
Desenho de luzes: Giuseppe di Iorio

Nota irrelevante(?), porque não houve feridos (graves?): A dada altura, durante a récita a que assisti, aconteceu algo que me (nos) deixou bastante apreensiva(os) pela sorte dos músicos da orquestra: parte do palco (uma parte pequenina mas ainda assim...) desabou sobre alguns elementos da dita, deixando-os "quase" em estado de sítio. Líquido a escorrer sobre as sua cabeças e instrumentos musicais, e um ou outro objectos contundentes a saltar sobre eles. Pela reacção de um dos músicos, que ía desmaiando, parece ter sido um objecto tipo de vidro ou madeira.
Não sou maledicente, mas aquilo foi um pouco fora do texto. E tanto eu como os meus amigos ficámos bastante preocupados pela falta de cuidado e consideração pelos músicos da orquestra.

Anna Russell http://en.wikipedia.org/wiki/Anna_Russell parodying Wagner's "Die Walküre"
"ELEKTRA", RICHARD STRAUSS



Eva Marton e Cheryl Studer, uma absolutamente submersa pela ira da personagem que interpreta, (Elektra, a filha enlouquecida de Agamemnon e Klytmnestra), e a outra no papel de sua irmã, Chrysotemis, mais suave e apaziguadora. Um dos muitos momentos de grande intensidade trágico-dramática desta ópera muito interessante, e bastante inovadora do ponto de vista musical. Por curiosidade, a composição da orquestra foi a maior de sempre, para uma ópera: 111 instrumentos.
Acrescento, ainda, um pequeno aparte: Tendo sido este um excerto de uma gravação feita em Viena, noto que não só em Portugal se tosse, espirra e emite sons entre a assistência...

terça-feira, julho 17, 2007

É só para relembrar. Na Gulbenkian, o ritual jazz em Agosto. Free jazz, jazz contemporâneo e estéticas jazzísticas emergentes. Logo no dia 3, três grandes. Fecha no dia 11 com o Mestre, Ornette Coleman. Dos outros, destaco Joelle Leandre.
É de ir. http://www.musica.gulbenkian.pt/jazz/

segunda-feira, julho 16, 2007


Fernando Lemos (Auto-retrato - 1950)

Ainda sobre o Museu Berardo, e no respectivo site, penso imprescindível ver este vídeo sobre e com o Fernando Lemos e Surealismo em Portugal. Aqui fica o link:


sábado, julho 14, 2007

Cassandra Wilson



Isto hoje tem sido demais, um verdadeiro saque ao YT e ao MS. De repente, apeteceu-me partilhar estas minhas grandes fixações musicais, género: sempre que publicam alguma coisa, lá estou caída. Que o mesmo é dizer que tenho em casa quase tudo o se publicou desta, como das duas anteriores grandes figuras, dentro da cultura musical afro-euro-americana.
Acrescento que Cassandra Wilson é considerada, já há alguns anos, das melhores, quando não a melhor, cantora de jazz da actualidade.
Zap Mama



Marie Daulne, the founder and fronting member of Zap Mama since the early 1990s, has lived a life that rivals Homer’s Odyssey. Filled with peril and triumph, globe-spanning quests, and a series of personal achievements that seem almost heroic in scope, her story is one of epic proportions in the annals of world music. She stands with one foot firmly planted in tradition and the other in the progressive sounds and sensibilities of a new century, and she consistently merges the two with an effortless grace that never fails to mesmerize. Born in the Congo, but raised in Belgium, Daulne made a pilgrimage in her late teens back to the land of her birth. In doing so, she reconnected with the pygmy culture, and discovered that the African music of her early childhood was still very much alive within her. The resulting experience, she recalls, was nothing short of an epiphany – one that changed the course of her life. “That was when I became a musician,” she said. “When I went to the Congo, I hadn’t thought of being a musician. Not at all. But I was there, and I was standing in the middle of the forest, hearing the music that had been a part of my earliest memories, and it was like an illumination, like a light.” In 1990, Daulne assembled four other vocalists and created the first incarnation of Zap Mama, an all-female a cappella quintet, or as The New York Times called it, “a utopian multicultural dream.” Adventures in Afropea I became the biggest selling non-compilation album in the history of the Luaka Bop label and reached #1 on the Billboard World Music Charts. The sophomore album Sabsylma came a year later and earned Zap Mama a Grammy nomination in the Best World Music Album category. 7 (Virgin Records), A Ma Zone (Narada) and Ancestry in Progress (Luaka Bop) which landed the #1 spot on the Billboard World Music charts, followed shortly after. Marie Daulne opens a new chapter of this continuously unfolding story with the August 7, 2007, release of Supermoon, Zap Mama’s debut recording on Heads Up International. An engaging blend of world, jazz, pop, funk, reggae and soul, the album includes guest appearances by stellar figures from around the globe: drummer Tony Allen; bassist Meshell Ndegeocello and Will Lee; guitarists David Gilmore and Michael Franti; pianists Leon Pendarvis and Robbie Kondor, percussionist Bashiri Johnson and many more. “With Supermoon, I reveal the way I chose to live when I started my career,” says Daulne. “It’s very intimate…You’re seeing me very close up. I hope that’s a kind of intimacy that people will understand. I’m opening a door to who I am.”
Meshell Ndegeocello - Outside your door

Meshell Ndegeocello Outside Your Door LIVE

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Description: July 13, 1996 performance of "Outside Your Door" at the North Sea Jazz Festival in Holland. Band includes Michael Neal, Allen Cato, Daniel Sadownick, Federico Gonzalez Pena, Gene Lake, Arif St. Michael and Biti Strauchn. While Brian McKnight may claim to have written “Anytime” before Meshell Ndegeocello had a recording contract, you do the math. Six years before Brian plagiarized “Outside Your Door” and released “Anytime” on September 23, 1997 without giving any credit to the person who wrote the song - Voyceboxing released an early version of “Outside Your Door” on their self-titled 1991 album. “Talk To Me” is an early version of “Outside Your Door,” and the words & music for the song were correctly credited to Meshell Lynn Johnson in the liner notes. Although the album is now out of print, it can still be found occasionally on eBay. “When that song came out—you know, I used to beg my record company to put out, “Outside Your Door.” It’s like, ’that’s the single man, put it out.’ But they ignored me. Then brother Brian—just straight up took my shit. You can’t cry over spilled milk—you just let it go—’cause I—I’ll keep writing and I’ll write many other songs, so that’s cool.”—Meshell Ndegeocello, Luna Park, West Hollywood, May 13, 1999

(http://vids.myspace.com/index.cfm?fuseaction=vids.channel&ChannelID=19493755)

quinta-feira, julho 12, 2007

O OVO



realizadores: José Miguel Ribeiro e Pierre Bouchon

1994 - 3' - animação - 35mm cor

sexta-feira, julho 06, 2007

...don’t be sharp don’t be flat just
B Natural
(Marina Abramovic inserida em frase, de cuja autoria não me recordo, oriunda dos meios jazzísticos. )

quarta-feira, julho 04, 2007


Arte e Performance das Mulheres Naya - Museu de Etnologia -
Inaugura no Museu de Etnologia de Lisboa, dia 05 de Julho de 2007, às 18h30
A exposição Pinturas Cantadas mostra as obras realizadas pelas mulheres das comunidades Patua do Estado de Bengala na India que cantam as histórias que pintam em extensas tiras de papel. Os temas tanto retomam o reportório das tradições orais da comunidade como falam de mudanças sociais e políticas e acontecimentos que marcam a vida da aldeia, do país ou do mundo. (retirado de informação do Museu Nacional de Etnologia)

"Pinturas Cantadas: arte e performance das mulheres de Naya", que se inaugura a 05 de Julho, apresenta quase 40 obras de arte de grandes dimensões feitas em papel e tecido e com um forte sentido gráfico, descreveu Clara Oliveira, do MNE, à agência Lusa.
Com cerca de dois metros de altura, cada pintura conta uma história, numa narrativa visual de cores fortes e cujo formato se aproxima da banda desenhada.
"Apesar de terem um ar ancestral, as pinturas são recentes, mas alguns dos temas são antigos", referiu Clara Oliveira, porquanto abordam temas clássicos ou versam sobre divindades.
No entanto, as pinturas reportam-se também à actualidade, evocando a questão do terrorismo e os atentados de 11 de Setembro de 2001, o tsunami que assolou o sudeste asiático em 2004 ou ainda o flagelo do vírus da SIDA.
As autoras destas "pinturas cantadas" pertencem a uma comunidade na Índia que integra mulheres que passaram por situações de violência ou pobreza e que utilizam esta forma de arte para ultrapassar esses casos sociais e conseguir uma vida melhor, explicou Clara Oliveira.
As pinturas indianas podem ainda ser vistas como canções ilustradas, sendo acompanhadas por interpretações - audíveis através de gravações - de cada uma das autoras.
Segundo Clara Oliveira, a exposição disporá de um posto de escuta para que possam ser ouvidas as músicas referentes a cada uma das pinturas expostas.
Das 38 obras que vão estar patentes no museu, 23 foram adquiridas este ano pelo Instituto dos Museus e Conservação e as restantes pertencem a coleccionadores privados.
A história destas mulheres e das "pinturas cantadas" foi abordada já num filme, a exibir no âmbito da exposição, da autoria de Lina Fruzzetti e Ákos Ostor.
Os dois investigadores estarão em Portugal na próxima semana por ocasião da exposição, coordenada por Joaquim Pais de Brito, director do MNE.
A exposição estará patente pelo menos até ao final do ano.
© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.2007-06-26 16:50:01

sábado, junho 30, 2007

(*)
Fui visitar o Museu Berardo.

Foi um prazer.
Paula Rego, Jorge Molder, Joana Vasconcelos, Julião Sarmento, Lourdes Castro, Helena Almeida(*), Pedro Cabrita Reis, Mário Cesariny, Júlio Pomar, Cristina Mateus, Fernando Lemos, etc;
Francis Bacon, Picasso, Magritte, Balthus, Dalí, Miró, Mondrian, Soulages, Kosuth, Bill Viola, Francesca Woodman, Nan Goldin, Cindy Sherman, Andreas Gursky, Robert Wilson, Michaelangelo Pistoletto, Marcel Duchamp, Bridget Susan Jones, Lichtenstein, Andy Wharol, Louise Bourgeois, Vivan Sundaram (re-take of "Amrita", 2000-2001), uma descoberta, Man Ray, Ashile Gorky, Max Ernst, um filme de Pierre Coulibeuf ("Marina Abramovic em viagem de negócios"), de que gostei particularmente, etc., etc.

É obra! Para colecção privada era demais...Assim podemos todos usufruir de uma mostra bastante abrangente das Artes Plásticas do Séc. XX, até ao início do Séc.XXI, ou melhor, até 2007, inclusivé.

Não concordo com as vozes contra o(s) mentor(es) deste projecto, enquanto nos é dada uma oportunidade desta envergadura. Estou convicta de que haverá bom senso e abertura suficientes para que o CCB possa acolher outras exposições, para além das obras adquiridas por J.B.. Além de que ainda falta expor o resto da colecção...(Ver http://www.berardomodern.com/)

sexta-feira, junho 29, 2007

A imaginação humana não tem limites. Esta frase tantas vezes repetida não perde nunca a sua validade. Ainda há pouco o constatei, ao visitar um endereço na internet, que uma amiga me indicou, através do qual, para além da introdução ao assunto, se vêem imagens do que um gato anda a fazer, quando resolve andar a passear-se fora de casa. Como? Os donos, para melhor o controlarem, resolveram colocar-lhe ao pescoço uma câmara fotográfica que está programada para disparar uma vez por minuto, até 48. O resultado é engraçado, para quem nunca foi mecânico na vida (o meu caso, pelo menos...).
A ler e Ver. http://www.theglobeandmail.com/servlet/story/RTGAM.20070628.wlpetting28/BNStory/lifeMain/home

quinta-feira, junho 28, 2007

O Hipopótamo cantor



Para desanuviar um pouco...

quarta-feira, junho 27, 2007

A Assinatura


Title: SIGNATURE

AMNESTY INTERNATIONAL
Product: HUMAN RIGHTS AWARENESS
Advertising Agency: TBWA\PARIS
Country: FRANCE
Executive Creative Director: Erik Vervroegen
Creative Director: Erik Vervroegen
Copywriter: Stephane Gaubert/Stephanie Thomasson
Art Director: Stephanie Thomasson/Stephane Gaubert
Account Supervisor: Guillaume Allilaire
Production Company, City: MAGIC LAB, Montreuil
Country: FRANCE
Director: Philippe Grammaticopoulos
Producer: Maxime Boiron

(Leão de Ouro do Festival de Cannes 2007 na categoria "Mensagens de consciencialização social")
Frederico García Lorca (Fuente Vaqueros/Granada 05.06.1898-Granada, 18.08.1936, fuzilado pelos franquistas. O seu corpo nunca foi encontrado).
Em sua homenagem, e aos ciganos*, com voz de Estrella Morente, mais um vídeo "pescado" no You Tube. E, também, um pequeno poema de Lorca, copiado da "Antologia Poética" da editora Relógio d'Água (tradução de José Bento, 1993), que acho muito bonito.
*«a compreensão do cante jondo como expressão máxima de uma vida marginalizada socialmente, perdida na solidão de lugares ermos e do ser-se solitário e abandonado, perseguido pelo poder legal mas injusto, dominada pela pena negra, que é uma maldição para a qual não existe fuga nem alívio.» (extraído do Prólogo escrito por José Bento para a citada Antologia. )

Búzio

Trouxeram-me um búzio

Dentro dele canta
um mar de mapa.
Meu coração
enche-se de água
com peixinhos
de sombra e prata.

Trouxeram-me um búzio.

Frederico Garcia Lorca (Canciones)

sábado, junho 23, 2007

Angelique Ionatos canta Pablo Neruda

quarta-feira, junho 20, 2007

MAMMA ROMA