MANOEL DE OLIVEIRA
Parabéns!
Festejar 99 anos e ter projectos que ultrapassam os 100, perdendo direito ao subsídio do Estado é, achamos nós (não estou só neste desejo), razão suficiente para alterar a legislação e prosseguir com a intervenção estatal no patrocínio deste portento nacional.
Um homem que consegue ser aclamado nos Cahier du Cinema, em Cannes e em tudo o que é festival de cinema é, pela excelência dos eleitores, logo à partida, um ser muito especial.
Só comecei deveras a apreciar o seu trabalho quando do visionamento de "Vale Abraão" - o Douro e suas margens mostrados em toda a sua pujança. Só por si era razão. Mas cativar Catherine Deneuve, John Malkovich, Michel Piccoli, Marcello Mastroianni ( "Viagem ao Princípio do Mundo"1997, último filme em que entrou) , Chiara Mastroianni, contratar Diogo Dória, Miguel Cintra e descobrir uma Leonor Silveira, para intérpretes dos seus filmes, é obra.
Parabéns!
Festejar 99 anos e ter projectos que ultrapassam os 100, perdendo direito ao subsídio do Estado é, achamos nós (não estou só neste desejo), razão suficiente para alterar a legislação e prosseguir com a intervenção estatal no patrocínio deste portento nacional.
Um homem que consegue ser aclamado nos Cahier du Cinema, em Cannes e em tudo o que é festival de cinema é, pela excelência dos eleitores, logo à partida, um ser muito especial.
Só comecei deveras a apreciar o seu trabalho quando do visionamento de "Vale Abraão" - o Douro e suas margens mostrados em toda a sua pujança. Só por si era razão. Mas cativar Catherine Deneuve, John Malkovich, Michel Piccoli, Marcello Mastroianni ( "Viagem ao Princípio do Mundo"1997, último filme em que entrou) , Chiara Mastroianni, contratar Diogo Dória, Miguel Cintra e descobrir uma Leonor Silveira, para intérpretes dos seus filmes, é obra.
Pronto, não sou crítica de cinema e não vou expressar aqui o que apreciei, enquanto espectadora, dos seus filmes que, de "parados", só para quem tem o cérebro congelado poderão parecer. Gostei sempre do que vi, porque cada imagem me deu motivo de reflexão, porque senti a essência das coisas simples (que nada têm de simples, mas parecem-no), ou porque belas me foram (são)as imagens e as palavras.
Por isto e muito mais que hoje, certamente, estará a ser dito em sua homenagem,
Salvé Manoel!
2 comentários:
Viva! Parabéns!
Que fibra!
Acho que o melhor é "Vale Abraão". A imagem de Leonor Silveira rodeada de laranjeiras é das mais bonitas que conheço no cinema português.
Mas nem sempre me convenceu. Não gostei nada de "Um filme falado", por exemplo, apesar de Deneuve, Malkovich, Papas, Silveira...
Concordo contigo quanto a "Um filme falado", mas ainda assim vale pelo magnífico conjunto de actores que só por aparecerem já são motivo suficiente...um americano, uma grega, uma francesa, todos mitos vivos do cinema, revela, no mínimo, que o nosso Manoel estava, já nos seus quase 90ªs, bem "alive and kicking".
Bjs.
Enviar um comentário