HARUKI MURAKAMI (no seu Bar de Jazz, o Peter Cat, em Tokyo, 1978)
Numa crónica autobiográfica que escreveu para o The New York Times, em 8 de Julho passado, Murakami, um dos maiores escritores da actualidade, fala, entre outras coisas, da sua paixão pelo jazz.
Conta que o primeiro concerto de jazz a que assistiu, quando tinha 15 anos, em Kobe (Japão), o deixou rendido para sempre a este género musical. Foi com Art Blakey and The Jazz Messengers, que o jazz entrou na sua alma, tendo mesmo, mantido um bar de jazz, o Peter Cat, no Japão, durante 7 anos, antes de se dedicar à escrita literária como forma de vida.
«Que maravilhoso seria escrever como quem toca um instrumento», ou «tanto a música, como a ficção, assentam no ritmo (...) aprendi a importância do ritmo com a música, principalmente, com o jazz.(...) Depois, vem a melodia, que em literatura, significa a organização e adequação das palavras ao ritmo»...Mais à frente, escreve «Praticamente tudo o que sei sobre escrita, aprendi com a música». E fala nas influências de alguns músicos de jazz no seu trabalho: Charlie Parker, Miles Davis, T.Monk...*
Fico contente que este escritor fantástico goste tanto de jazz (parece que tem mais de 40.000 albuns! ).
* Ler mais em http://www.nytimes.com/2007/07/08/books/review/Murakami-t.html?ex=1188446400&en=5fa7d734755dafd8&ei=5070
8 comentários:
Olá,
Seu blog é muito interessante. Estou reiniciando os trabalhos no meu (http://mpbjazz.blogspot.com), e vim colher idéias para disseminar. Parabéns pelo bom serviço.
Muito obrigada pelo seu incentivo. E pode crer que vou estar atenta ao seu bolg.
40000 discos é muita fruta. Mas a tua discoteca também está bem recheada. Não conheço o escritor mas fiquei com curiosidade. Hei-de investigar.
Beijo.
Muito bom. Tens de ler. "Kafka à Beira Mar", pelo menos. Conselho de amiga. Bjs.
40.000 álbuns...
Bênção ou castigo?
Parabéns pelo blog, cada dia melhor.
Obrigada, Lester.
Quanto à colecção de Murakami, de facto, ...UFF!
Estamos de férias?
Ou a Cigarra está a queimar os últimos cartuchos antes de entrar na fase de formiga?
Bj.
Olha, é assim caro amigo Paulo, a cigarra quere-se alegre e bem disposta e esta aqui tem andado um pouco indisposta e sem alento. Porquê? Deve ser do fim do Verão, da morte de Pavarotti, de todo este sórdido e emocionalmente desgastante assunto da criança desaparecida a que é impossível ficar-se indiferente, por muito esforço que se faça. (Não há ângulo de análise que não seja um retrato do que de pior o bicho humano pode ser.)
Depois, perco a vontade de blogar, porque estou emocionalmente cheia destas (e outras...) coisas. E não quero aqui falar delas, para não contaminar este espaço que quero aprazível.
Bjs. e até já!
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