Começa a hoje, às 20 horas, no Centro Cultural de Belém, CCB, em Lisboa, a ex-festa da música, hoje dias da música, menos gloriosos mas igualmente a não perder, nem que seja para se assistir a um só espectáculo. Este ano, não se trata só de música clássica, mas também de Jazz, a menina dos nossos olhos. E com o nosso mais fino produto nacional: Bernardo Sassetti (piano), Carlos Barreto (contrabaixo), Alexandre Frazão (bateria), Mário Laginha (piano), Bernardo Moreira (contrabaixo), António Pinho Vargas (piano), Zé Nogueira (saxofone) e Carlos Zíngaro (violino), distribuídos por grupos e espectáculos distintos . É de ir e apoiar. Temos também a Olga Prats (piano) em Astor Piazzolla (Tango) e isto para não falar do lado da clássica, também com bons nomes nacionais.
Quanto aos nomes estrangeiros, destaco Ron Horton (trompete), Julien Arguelles (Saxofone), Scott Fields e Elliot Sharp (guitarra acústica).
Ao todo 6 espectáculos de Jazz, num todo de 69. É pouco, mas já é um começo. Porque fico satisfeita? Porque, pelo preço de 6€, é dar oportunidade a todos os que gostam de música de a ouvir em condições acústicas regra geral boas, e em instalações adequadas. É de ir e apoiar, para que isto possa continuar. A Música é um bem essencial e deve chegar a todos em "excelentes" condições. E para tal, nada como assistir à sua execução ao vivo num espaço que a preserve de interferências ou objectos intermediários de resultados catastróficos. Sábado ou Domingo lá estarei, se as chuvas não forem dilúvio.
14 comentários:
E está a ser bom. Não fantástico mas bom. Não penso que terei oportunidade de ver Jazz mas ainda bem que também está na festa. Parece-me uma combinação muito interessante.
Obrigada por deixar aqui as suas impressões sobre o evento. O meu amor pela música divide-se entre a Clássica, o Jazz e as suas raízes. Daí que também ache a combinação interessante. Hoje espero assistir a, pelo menos, dois concertos. Desejo-lhe um óptimo domingo musical, Fernando.
E como estava o ambiente da festa? Espero que tenhas assistido a bons concertos, já que eu não pude lá ir. Alguns, no programa, pareciam promissores.
Peço desculpa de estar a responder a uma questão colocada à CigarraJazz mas não consigo conter-me. Sinceramente o ambiente nas salas pequenas (que penso que é onde se pode perceber melhor) já foi mais "festivo" ... agora há mais organização mas menos coração parece-me. Os interpretes (sobretudo os solistas já que as orquestras de camara que vieram eram excelentes) embora não sejam maus (assisti a 2 ou 3 excelentes concertos) não atingem o valor de antigas edições. Algumas ideias interessantes como os pianos podem voltar a acender a chama da paixão penso eu ... Confesso que o meu coração estava com a Festa da Música e este sucedâneo sabe a pouco mas vale o esforço de pelo menos tentarem e tenho de dar a mão à palmatória, estão a melhorar. A ideia de integrar o Jazz parece-me excelente acho que é muito enriquecedor. Notei também um maior distanciamento dos músicos face ao público ... isso faz parte daquela falta de "calor" que senti. Pode ter sido impressão minha - estava fisicamente com frio :-) ...
Fernando, não querendo fazer do Cigarrajazz um fórum de discussão sobre os "dias da música", se bem que até me pareça uma excelente ideia, também tenho dúvidas de que esta tentativa de substituição da "festa da música" venha a atingir o nível da verdadeira festa. No ano passado não pude ir e neste também não, mas pelo que li e pela própria programação, podemos tirar ilações.
Quanto aos ruídos que menciona no seu blogue, estamos conversados.
No mesmo ecrã: Astor Piazzolla e Japão. Posso sugerir a audição da versão do Kotaro Oshio de Libertango aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=PHD_e5QE_N4
Saudações,
JM
Grande tertúlia musical por aqui vai. Que bom.
Acho que para nós todos os dias são dias de música, não?
Paulo e Fernando, depois da vossa troca de palavras sobre o assunto, não há muito mais a dizer excepto que continua a saber-me muito bem aparecer lá pelo CCB e comungar daquela espécie de euforia onírica que acontece uma vez por ano. A única coisa que realmente me desgostou foi terem colocado pianos à disposição de quem quizesse neles tocar tão próximos uns dos outros. A confusão de sons tornou-se insuportável. E houve quem tivesse tocado umas sonatas de Beethoven com bastante competência enquanto se martelava ignobilmente num piano ao lado. De resto, concordo que o brilho da Festa já não é o mesmo, mas tenhamos esperança.
Anónimo, (JM?), gostei muito do vídeo. Piazzolla e Japão, que exótico. O rapaz toca muito bem. Obrigada.
Olá,
Ainda bem que gostou do Kotaro Oshio (também disponível um vídeo dele no (?!) festival de Jazz de Montreaux 2002 em http://www.youtube.com/watch?v=vaoq01CA0DI&feature=related com o tema «Hard Rain»).
O tema Libertango do Piazzolla presta-se a - e tem tido - interpretações muito boas. Vi duas no CCB: Tomatito&Michel Camilo (melhor do que no CD Spain Again) e a do Galliano&Acompanhantes.
JM
Também quero agradecer a JM os links que aqui deixou. Não conhecia este músico e gostei muito do que ouvi.
Obrigado Paulo. Andei a ver se encontrava um vídeo do Harold Mabern a interpretar o «Moment’s Notice» para partilharmos (pareceu-me adequado ao espírito do comentário e tenho uma versão absolutamente deliciosa no CD «Lookin’ on the Bright Side»).
Não tive sucesso mas em compensação saiu-me o Mulgrew Miller ao caminho com o Terell Stafford aqui vai: http://www.youtube.com/watch?v=oGz55XmBY7g .
Boa noite a todos,
JM
JM, obrigado, mais uma vez, pelas boas escolhas que aqui propõe.
Fico também a aguardar a opinião da minha amiga Cigarra, mais entendida que eu nestas coisas do jazz.
P.S. Cigarra, não percas o JM de vista. Juntando a tua selecção à dele ainda conquistam mais um fã.
P.P.S. JM, continue a aparecer, peço-lhe eu já em nome da Cigarra.
Boa noite.
Paulo,
Agradeço o convite e a hospitalidade. Aqui ficam em troca duas propostas com os ingredientes: bom tempo, céu de azul intenso mediterrânico, fim-de-semana.
De Slim Gaillard só conheço Jazz com boa disposição; as minhas filhas gostam sempre de ouvir a «Serenade to a Poodle». No youtube pode ser visto (com limitações óbvias) aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=qA-GSXNcykM
E pelo azul a lembrar a capa do Return to Forever, esta actuação do Polo Orti com o Jorge Pardo (que espero poder vir a ouvir um dia em Portugal): http://www.youtube.com/watch?v=bR2xiSY3RpI
Boa noite a todos.
JM
Obrigado, JM.
Não pude vir cá antes, pelo que este Domingo está recheado de descobertas; uma verdadeira surpresa.
Hi, everybody! Também só hoje consegui ter tempo para ouvir as dicas de JM. E gostei. O nome de Harold Mabern, embora não me fosse totalmente desconhecido, não me recordava de alguma vez o ter ouvido. Acho que depois disto vou investigá-lo melhor.
Mulgrew Miller conheço - embora o único cd que dele tenho não me diga muito neste momento- "hand in hand"(1993), com Joe Henderson, Christian McBride, Eddie Henderson, Kenny Garrett, Steve Nelson e Lewis Nash.
Volte sempre, JM. Não tem por aí um blogue seu que se possa visitar?
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