Milagre!??? O cão tem o olhar de quem está a viver algo que não é deste mundo, mas antes do Além ou da Terceira Dimensão enquanto implora, por favor "tirem-me deste filme", agindo como se levasse às costas umas toneladas de peso ou o peso de uma grande responsabilidade. O gato deve-se ter esquecido do que transporta, mas está-lhe a saber bem o quentinho nas costas que lhe vem do rato, somado ao que lhe vem do cão e, quanto ao rato, bom, o rato só pode estar paralisado de terror... A banda sonora, essa sim, está muito bem metida, a exprimir o espanto, a enfatizar o grande momento, e a transmitir-nos a esperança de que, tal como o maestro israelita, Daniel Barenboim, conseguiu, é possível juntar israelitas e palestinianos numa mesma orquestra e conseguir dar concertos de Wagner em Jerusalém, sobrevivendo ao evento.
ou o jazz como filosofia sujacente à renovação no improviso da eterna procura ou o jazz como elo de ligação entre tudo o que apetece
terça-feira, março 25, 2008
O cão, o gato e o rato
domingo, março 23, 2008
A Páscoa com Fred Astaire
PÁSCOA FELIZ! Para todos os que passarem por aqui e também para os que não passarem, claro. E para abater os kilitos extra, ganhos com as amêndoas e os folares, é só tentar imitar o Fred. Vejam como era elegante. Agora, acho que o rapazinho lhe devia ter cedido o coelho, como paga pela espantosa performance.
sexta-feira, março 21, 2008
No dia Mundial da Poesia
Creio na Deusa com olhos de diamantes,
Creio em amores lunares com piano ao fundo,
Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes,
Creio num engenho que falta mais fecundo
De harmonizar as partes dissonantes,
Creio que tudo é eterno num segundo,
Creio num céu futuro que houve dantes,
Creio nos deuses de um astral mais puro,
Na flor humilde que se encosta ao muro,
Creio na carne que enfeitiça o além,
Creio no incrível, nas coisas assombrosas,
Na ocupação do mundo pelas rosas,
Creio que o Amor tem asas de ouro. Ámen.
(in "Poesia: Ó Véspera do Prodígio!", de Natália Correia, 1990)
quarta-feira, março 19, 2008
terça-feira, março 18, 2008
William Parker e os Olmecas
sexta-feira, março 14, 2008
Ennio Morricone - O Bom, o Mau e o Vilão
Não tenho dúvidas: A banda sonora do filme de Sergio Leone, "Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo" (1966)é das melhores e mais peculiares de todos os tempos. E ouvi-la sem ver o filme não lhe tira nada, ao passo que o contrário, o filme sem ela perderia muito. Porque se este filme é magnífico, deve-o, sobretudo, ao brilhante realizador Sergio Leone (Roma,1929-1989), à excelente escolha de actores e sua impecável interpretação, e ao compositor Ennio Morricone (Roma,1928-) que conseguiu, nesta banda sonora, utilizar todos, e somente esses, os sons que traduzem as memórias das pradarias do Oeste Americano, dos seus pistoleiros, do Western que nos habituámos a ver desde sempre, na TV e no Cinema, aqui estilizados e eternizados. O mesmo diria do filme em si, já que, sem desperdício, cada uma das suas imagens eterniza e presta homenagem ao velho Western do cinema americano, e de tal forma lhe vai à essência que lembra uma caricatura muito bem esgalhada daquelas que conseguem retratar tudo o que interessa do objecto retratado - nem mais nem menos - somente isso, que é tudo.
Nunca gostei muito de westerns nem tão pouco sou grande apreciadora do estilo musical de Ennio Morricone, mas não tenho dúvidas de que tanto ele como Sergio Leone, para além da sua histórica colaboração, foram, são e serão sempre dois magníficos, cada um no seu género e os dois em conjunto.
sexta-feira, março 07, 2008
Os 60 anos de idade do HCP
O Hot Clube de Portugal festeja os seus 60 anos de idade este ano. Por motivos conjunturais da minha vida, tenho ultimamente andado arredada desse local que constitui um dos poucos de passagem obrigatória, nos meus programas de saídas nocturnas em Lisboa. Sempre gostei do espaço que, embora pequeno e se calhar por isso mesmo, tem tudo a ver com o espírito do jazz. São as memórias dos sons, do espírito e da respiração dos que por lá passaram e passam, músicos ou espectadores que enchem aquela cave e pátio ao ar livre de uma onda intimista e de partilha de uma mesma paixão: O Jazz! A programação é, regra geral, bastante interessante. Ontem, por exemplo, passaram por lá Donny McCaslin (Sax) e George Schuller (Bat).
Para mais informação, consultar o blog Jazz no País do Improviso , de João Moreira dos Santos, ler o seu livro "O Jazz Segundo Villas-Boas", publicado pela Assírio & Alvim, ou ir ao site do HCP .
Longa vida ao Hot Clube de Portugal e à sua Escola!