segunda-feira, agosto 21, 2006


CigarraJazz
Estava eu a passear-me sem nexo na rede eis que se não quando ouço o apelo da cigarra: «Vê lá se cantas alguma coisa, que o Verão já vai alto e ainda só ouvi o silêncio...»
- «Olha lá, oh filha, tu não me desassossegues que eu, no meio desta barafunda, preciso mesmo é de silêncio, para não me desconcentrar do sério» bem, está bem, confesso que não tenho andado em silêncio absoluto - ainda ontem estive a matar saudades de John Coltrane -Passos Gigantes e Amor Supremohttp://www.johncoltrane.com/automat/swf/main.htm- oh boy, what a joy e tristezas não pagam dívidas, cantado pela Jacinta, perdão, Aldina. Pronto, nenhuma delas mas que podia ser...Agora o que tem mais it mesmo é recordar uma Nina Simone (a Simone de Oliveira também, mas é muito cá da terra e a gente gosta de viajar) ou uns Cinematic Orch./Todo o Dia com a maravilhosa Fontellahttp://www.ninjatune.net/videos/video.php?type=qt&id=37. E o Zé Cid, está, outra vez ( ou será uma vez mais?) de vento em capachinho. Grande Homem, a cheirar a cavalo e tudo!

segunda-feira, maio 01, 2006


Recomeçar a escrever aqui no Blog não é fácil. Tenho estado mais ocupada a ler. E a ler um escritor de quem saio sempre com uma noção cinzenta da vida e da natureza humana e, não obstante, sempre a ele regresso com mais prazer. Paul Auster.http://www.paulauster.co.uk/
Não porque tenha uma propensão especial para as coisas menos optimistas ou mais depressivas, mas porque, entre o escrever bem e a sua poderosa imaginação, há um conhecimento profundo da espécie humana que me aguça a curiosidade. Para não falar nalgum suspense que sempre sobressai na luta das suas personagens em desesperadas tentativas de sobreviver aos seus próprios conflitos interiores.


Vou continuar a ler, o mais que puder e até que a vista mo permita. Para além de estimular o cérebro, é um prazer quase sempre muito enriquecedor. Escrever, há muita gente a escrever e muito bem (que inveja...). Noto, no entanto, que, dentro do que se considera um bom escritor, nem todos sabem comunicar. São obras para entendimento ou pseudo-entendimento de apenas alguns iluminados, ou que se pretendem assim, ou, como a poesia ou a pintura abstacta, de interpretação subjectiva. (Fim, por agora)